Leve Além...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

1º atividade de ciencia e tecnologia 4º unidade



"O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos."
Eleanor Roosevelt

“Se você quiser ter alguma certeza sobre o futuro, trate de construí-lo.”
Peter Drucker

Os efeitos da tecnologia no mercado de trabalho

Antes de analisarmos a fundo a questão dos empregos, é preciso ter uma base de como os avanços tecnológicos influiram até hoje na vida do homem. Em seu livro, Jeremy Rifkin dividiu a história dos meios de produção em três períodos (Primeira, Segunda e Terceira Revolução Industrial).
O termo talvez seja um exagero no caso da terceira pois atualmente essas grandes mudanças englobam muito mais do que a indústria. No caso da primeira e segunda o termo ainda se aplica pois tratavam de épocas em que a sociedade e o progresso da humanidade giravam em torno de fábricas ou indústrias.
A Primeira Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra, no século XVIII (1780-1830). A Inglaterra foi o primeiro país a passar por esta revolução.
Por volta de 1830, a Primeira Revolução Industrial se completou na Inglaterra, e daí migrou para o continente europeu. Chegou à Bélgica e França, países próximos do arquipélago britânico. Por volta dos meados do século XIX, atravessou o Atlântico e rumou para os Estados Unidos. E, no final do século, retornou ao continente europeu para retomar seu fio tardio na Alemanha e na Itália, chegando, também, ao Japão.O ramo característico da Primeira Revolução Industrial é o têxtil de algodão. Ao seu lado, aparece a siderurgia, dada a importância que o aço tem na instalação de um período técnico apoiado na mecanização do trabalho.
O sistema de técnica e de trabalho desse período é o paradigma manchesteriano, nome dado por referência a Manchester, o centro têxtil por excelência representativo desse período. A tecnologia característica é a máquina de fiar, o tear mecânico. Todas são máquinas movidas a vapor originado da combustão do carvão, a forma de energia principal desse período técnico. O sistema de transporte característico é a ferrovia, além da navegação marítima, também movida à energia do vapor do carvão.A base do sistema manchesteriano é o trabalho assalariado, cujo cerne é o trabalhador por ofício. Um trabalhador qualificado é geralmente pago por peça.
A Segunda Revolução Industrial começou por volta de 1870. Mas a transparência de um novo ciclo só se deu nas primeiras décadas do século XX. Foi um fenômeno muito mais dos Estados Unidos que dos países europeus.E esta segunda revolução industrial que está por trás de todo desenvolvimento técnico, científico e de trabalho que ocorre nos anos da Primeira e, principalmente, da Segunda Guerra Mundial.
A Segunda Revolução Industrial tem suas bases nos ramos metalúrgico e químico. Neste período, o aço torna-se um material tão básico que é nele que a siderurgia ganha sua grande expressão. A indústria automobilística assume grande importância nesse período. O trabalhador típico desse período é o metalúrgico. O sistema de técnica e de trabalho desse período é o fordista, termo que se refere ao empresário Ford, criador, na sua indústria de automóveis em Detroit, Estados Unidos, do sistema que se tornou o paradigma de regulação técnica e do trabalho conhecido em todo o mundo industrial.
A tecnologia característica desse período é o aço, a metalurgia, a eletricidade, a eletromecânica, o petróleo, o motor a explosão e a petroquímica. A eletricidade e o petróleo são as principais formas de energia. A forma mais característica de automação é a linha de montagem, criada por Ford (1920), com a qual introduz na indústria a produção padronizada, em série e em massa. Com o fordismo, surge um trabalhador desqualificado, que desenvolve uma função mecânica, extenuante e para a qual não precisa pensar. Pensar é a função de um especialista, o engenheiro, que planeja para o conjunto dos trabalhadores dentro do sistema da fábrica.
Temos aqui a principal característica do período técnico da Segunda Revolução Industrial: a separação entre concepção e execução, separando quem pensa (o engenheiro) e quem executa (o trabalhador em massa). É, pois, o taylorismo que está na base do fordismo. É criação do taylorismo (Taylor, 1900) essa série de segmentações que quebra e dissocia o trabalho em aspectos até então organicamente integrados, a partir da separação entre o trabalho intelectual e o trabalho manual (operários). Taylor elabora um sistema que designa de organização científica do trabalho (OIT). O trabalho taylorizado é especializado, fragmentado, não-qualificado, intenso, rotineiro, insalubre e hierarquizado.
A Terceira Revolução Industrial tem início na década de 1970, tendo por base a alta tecnologia, a tecnologia de ponta (HIGH-TECH). As atividades tornam-se mais criativas, exigem elevada qualificação da mão-de-obra e têm horário flexível. E uma revolução técnico-científica, tendo a flexibilidade do toyotismo. As características do toyotismo foram desenvolvidas pelos engenheiros da Toyota, indústria automobilística japonesa, cujo método foi abolir a função de trabalhadores profissionais especializados para torná-los especialistas multifuncionais, lidando com as emergências locais anonimamente.
A tecnologia característica desse período técnico, que tem início no Japão, é a microeletrônica, a informática, a máquina CNC (Controle Numérico Computadorizado), o robô, o sistema integrado à telemática (telecomunicações informatizadas), a biotecnologia. Sua base mistura, à Física e à Química, a Engenharia Genética e a Biologia Molecular. O computador é a máquina da terceira revolução industrial. É uma máquina flexível, composto por duas partes: o hardware (a máquina propriamente dita) e o software (o programa). O circuito e o programa integram-se sob o comando do chip, o que faz do computador, ao contrário da máquina comum, uma máquina reprogramável e mesmo autoprogramável. Basta para isso que se troque o programa ou se monte uma programação adequadamente intercambiável. A organização do trabalho sofre uma profunda reestruturação. Resulta um sistema de trabalho polivalente, flexível, integrado em equipe, menos hierárquico. Computadorizada, a programação do conjunto é passada a cada setor da fábrica para discussão e adaptação em equipe (CCQ), na qual se converte num sistema de rodízio de tarefa que restabelece a possibilidade de uma ação criativa dos trabalhadores no setor.
Para efetivar esta flexibilização do trabalho de execução, distribui-se pelo espaço da fábrica um sistema de sinalização semelhante ao do tráfego. Elimina-se pela reengenharia grande parte da rede de chefias. Toda essa flexibilização técnica e do trabalho toma-se mais adaptável ao sistema econômico. Sobretudo a relação entre produção e consumo, por meio do JIT (just-in-time) e Kanban.
A verticalização do tempo fordista cede lugar à horizontalização. Com a horizontalização terceirizada e subcontratada, o problema dos altíssimos investimentos que a nova tecnologia pede é contornado e o controle da economia agora transnacionalizada fica nas mãos de um punhado ainda menor de empresas. Sob a condução delas, a velha divisão imperial do planeta cede lugar à globalização.
As novas regiões industriais de alta tecnologia, de ponta, unem centros produtores de tecnologia com indústrias de informações, associados a grandes centros de pesquisa (universidades): são os tecnopólos.
O principal tecnopólo é o Vale do Silício, localizado na Califórnia (EUA) ao sul de São Francisco, próximo da Universidade de Stanford. Outros exemplos importantes são: a chamada Route 128, perto de Boston e do MIT (EUA), a região de Tóquio-Yokohama (Japão), a região Paris-Sud (França), o corredor M4, ao redor de Londres Reino Unido), a região de Milão (Itália), as regiões de Berlim e Munique (Alemanha), Moscou, Zelenogrado e São Petersburgo (Rússia), São Paulo-Campinas-São Carlos (Brasil).

(A Sociedade em Rede, Manuel Castelis, Vol. 1)

Atividade de reflexão:
Responda no caderno
1º Após a leitura do texto faça um panorama geral das contribuições das revoluções industriais para a vida nos dias de hoje. 

2º Quais as consequências das revoluções industriais?

3º Faça outras leituras e indique qual o papel da escola na qualificação do trabalhador.

4º Faça outras leituras e indique qual o papel da escola no mundo da revolução industrial?


9 comentários:

  1. Resposta da premera questão 1º: A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX.
    Ao longo do processo (que de acordo com alguns autores se registra até aos nossos dias), a era da agricultura foi superada, a máquina foi superando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos.

    Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.

    ISSO Q EU ENTENDI AO LER O TEXTO PROFESSOR:ADSON
    ASS:THALES ARAUJO PINHEIRO.

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  2. Resposta da segunda questão 2º:A economia mundial sofreu modificações profundas a partir da segunda metade do século XVIII, quando se iniciou, na Grã-Bretanha, a revolução industrial. Estreitamente relacionada ao desenvolvimento do sistema capitalista, a industrialização se estendeu por todo o mundo e determinou o surgimento de novas formas de sociedade, de estado e de pensamento.
    Em sentido restrito, a expressão "revolução industrial" aplica-se às transformações econômicas e técnicas ocorridas na Grã-Bretanha, entre o século XVIII e o XIX, com o surgimento da grande indústria moderna. Em sentido amplo, refere-se à fase do desenvolvimento industrial que corresponde à passagem da oficina artesanal ou da manufatura para a fábrica. No plano econômico geral, esse processo se fez acompanhar da transformação do capitalismo comercial, que se iniciara no Renascimento, no capitalismo industrial.

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  3. Resposta da 3º questão:
    Cada estação juventude conta com uma equipe de gestão, composta por um coordenador pedagógico, responsável pelo desenvolvimento das ações curriculares, um coordenador administrativo, que deverá articular e realizar as ações administrativas, bem como um profissional de apoio administrativo; uma equipe de educadores de formação básica (EFB), que é responsável pela coordenação do núcleo, pois os núcleos não possuem coordenador hierarquicamente superior aos docentes, cumprindo, também, duas diferentes funções como professor especialista, em todas as turmas, e como professor orientador de uma turma; além desses cinco docentes, cada núcleo conta com um educador de qualificação para o trabalho, planejando e orientando.os alunos para um bom aprendizado e posterior mente consiguir um trabalho desente!

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  4. O nascer da ciência moderna e a revolução industrial estão intimamente relacionados. No início da revolução industrial é difícil identificar na industria marcas do esforço científico da época mas certamente que existia uma proximidade nas mentalidades: a cuidadosa observação e a escrupulosa generalização eram comuns aos experimentalistas e aos industriais do século XVIII. A revolução industrial prosseguiu sem que existisse um forte apoio da ciência, embora a sua influência potencial tenha sido notável.

    O que a ciência do século XVIII tinha para oferecer não era mais do que a esperança de que a observação atenta e a experimentação pudessem melhorar significativamente a produção industrial: máquinas a vapor, vidros, têxteis. Só na segunda metade do século XIX a ciência pode dar uma ajuda preciosa ao desenvolvimento tecnológico: Edison->energia eléctrica (motores e dínamos); Diesel->motores de combustão interna. De uma forma geral, até aquele período a ciência foi mais beneficiada pela revolução industrial que o inverso: máquina a vapor -> termodinâmica. Como a industria passou a exigir maquinaria mais sofisticada nas suas linhas de produção, a ciência pode beneficiar grandemente com os novos instrumentos mais refinados como por exemplo os microscópios. Pode afirmar-se que os primeiros grandes telescópios foram tanto um subproduto da industria do século XIX como o foram os barcos a vapor.

    A revolução industrial desempenhou ainda um outro papel importante no desenvolvimento da ciência moderna. A perspectiva de aplicação da ciência aos problemas da industria serviu de trampolim para estimular o financiamento público da ciência. A primeira grande escola científica do mundo moderno, a École Polytechnique, foi fundada em 1794 para pôr os resultados da ciência ao serviço da França. A criação de escolas técnicas no século XIX e XX encorajou a difusão do saber científico e gerou condições para novos avanços. Em diferentes graus e a diferentes velocidades os governos começaram a financiar a ciência de uma forma mais directa através da criação de bolsas de estudo, fundação de instituições de investigação e conferindo honras e postos oficiais a eminentes cientistas. No final do século XIX o filósofo natural que prosseguia os seus estudos baseado em interesses particulares dá lugar ao cientista profissional com um carácter público.

    CONSIGUI ISSO AI LENDO NO WIKIPEDIA PROFESSO.

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  5. MARIA CATARINA e RAYANE GOMES

    A revolução industrial desempenhou um papel importante no desenvolvimento da ciência moderna e unem centros produtores de tecnologia com indústrias de informações, associados a grandes centros.A tecnologia característica desse período técnico, é a microeletrônica, a informática, a máquina,etc...
    A base do sistema manchesteriano é o trabalho assalariado, cujo cerne é o trabalhador por ofício. Um trabalhador qualificado é geralmente pago por peça.

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  6. MARIA CATARINA e RAYANE GOMES

    trazendo mais informações e inovações tecnológicas ampliando o desemprego de vários setores, e desenvolvimento de infraestrutura.
    Em sentido restrito, a expressão "revolução industrial" aplica-se às transformações econômicas e técnicas ocorridas na Grã-Bretanha, entre o século XVIII e o XIX, com o surgimento da grande indústria moderna. Em sentido amplo, refere-se à fase do desenvolvimento industrial que corresponde à passagem da oficina artesanal ou da manufatura para a fábrica.
    A economia mundial sofreu modificações profundas a partir da segunda metade do século XVIII, quando se iniciou, na Grã-Bretanha, a revolução industrial.

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  7. MARIA CATARINA e RAYANE GOMES

    A escola tem o dever de proporcionar aos alunos desenvolvimento moral formando assim a integridade do aluno. A juventude moderna é mais sagaz procurando sempre algo revolúcionário. Cada estação juventude conta com uma equipe de gestão, composta por um coordenador pedagógico, responsável pelo desenvolvimento das ações curriculares, um coordenador administrativo, que deverá articular e realizar as ações administrativas, bem como um profissional de apoio administrativo; uma equipe de educadores de formação básica (EFB), que é responsável pela coordenação do núcleo, pois os núcleos não possuem coordenador hierarquicamente superior aos docentes, cumprindo, também, duas diferentes funções como professor especialista, em todas as turmas, e como professor orientador de uma turma; além desses cinco docentes, cada núcleo conta com um educador de qualificação para o trabalho, planejando e orientando.os alunos para um bom aprendizado e posterior mente consiguir um trabalho decente!

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  8. MARIA CATARINA e RAYANE GOMES

    O nascer da ciência moderna e a revolução industrial estão intimamente relacionados. No início da revolução industrial é difícil identificar na industria marcas do esforço científico da época mas certamente que existia uma proximidade nas mentalidades: a cuidadosa observação e a escrupulosa generalização eram comuns aos experimentalistas e aos industriais do século XVIII. A revolução industrial prosseguiu sem que existisse um forte apoio da ciência, embora a sua influência potencial tenha sido notável.


    A revolução industrial desempenhou ainda um outro papel importante no desenvolvimento da ciência moderna. A perspectiva de aplicação da ciência aos problemas da industria serviu de trampolim para estimular o financiamento público da ciência. A primeira grande escola científica do mundo moderno, a École Polytechnique, foi fundada em 1794 para pôr os resultados da ciência ao serviço da França. A criação de escolas técnicas no século XIX e XX encorajou a difusão do saber científico e gerou condições para novos avanços. Em diferentes graus e a diferentes velocidades os governos começaram a financiar a ciência de uma forma mais directa através da criação de bolsas de estudo, fundação de instituições de investigação e conferindo honras e postos oficiais a eminentes cientistas. No final do século XIX o filósofo natural que prosseguia os seus estudos baseado em interesses particulares dá lugar ao cientista profissional com um carácter público.

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  9. aline ferreira

    O nascer da ciência moderna e a revolução industrial estão intimamente relacionados. No início da revolução industrial é difícil identificar na industria marcas do esforço científico da época mas certamente que existia uma proximidade nas mentalidades: a cuidadosa observação e a escrupulosa generalização eram comuns aos experimentalistas e aos industriais do século XVIII. A revolução industrial prosseguiu sem que existisse um forte apoio da ciência, embora a sua influência potencial tenha sido notável.

    O que a ciência do século XVIII tinha para oferecer não era mais do que a esperança de que a observação atenta e a experimentação pudessem melhorar significativamente a produção industrial: máquinas a vapor, vidros, têxteis. Só na segunda metade do século XIX a ciência pode dar uma ajuda preciosa ao desenvolvimento tecnológico: Edison->energia eléctrica (motores e dínamos); Diesel->motores de combustão interna. De uma forma geral, até aquele período a ciência foi mais beneficiada pela revolução industrial que o inverso: máquina a vapor -> termodinâmica. Como a industria passou a exigir maquinaria mais sofisticada nas suas linhas de produção, a ciência pode beneficiar grandemente com os novos instrumentos mais refinados como por exemplo os microscópios. Pode afirmar-se que os primeiros grandes telescópios foram tanto um subproduto da industria do século XIX como o foram os barcos a vapor.

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