Leve Além...

domingo, 31 de julho de 2011

Leia atentamente...



Punido, Renê reclama de caso Cielo: 'Só porque não sou medalhista?'
Ex-goleiro do Bahia, flagrado no antidoping com a mesma substância do campeão olímpico, se revolta com decisão de apenas advertir o nadador
Por GLOBOESPORTE.COM Salvador
A substância foi a mesma. Mas, no caso de Renê, ex-goleiro do Bahia, flagrado no exame antidoping pelo uso da substância furosemida, a punição imposta foi de um ano. Depois de o nadador Cesar Cielo ser apenas advertido, o jogador se disse revoltado com as declarações do médico Eduardo de Rose, membro da Wada (Agência Mundial Antidoping), ao “Redação SporTV”. No programa, o médico disse que Cielo passou por “um tremendo estresse”, que poderia prejudicá-lo no Mundial de Xangai.
- Estou arrasado pelo que fizeram comigo. Só porque não sou medalhista? Estou sofrendo há mais de 300 dias com a suspensão que me impuseram. E o Eduardo de Rose se preocupou comigo? Ele fica preocupado com os 20 dias que o Cielo ficou parado. Eu estou há quase 1 ano sem poder exercer minha profissão. Tenho 3 filhos, uma instituição com 200 crianças carentes. Tudo isso, pra mim, vale mais que uma medalha olímpica.
O goleiro, flagrado no exame antidoping realizado no dia 28 de agosto de 2010, quando o Bahia venceu a Portuguesa por 4 a 2, no Canindé, pela 17ª rodada da Série B, disse ter chorado após ouvir as declarações de De Rose.


                              Goleiro Renê

- Eu e o Cielo fomos pegos com a mesma substância e os resultados dos julgamentos foram totalmente diferentes. Isso é revoltante. Eu chorei muito ao ouvir as declarações do Eduardo de Rose. Sou homem, não sou vagabundo. Estou revoltado e não paro de chorar. Eu carrego no peito uma tatuagem com uma frase do Hino Nacional: “Verás que um filho teu não foge à luta”. Se pudesse, eu apagava – disse.
O goleiro afirma não ter torcido por uma punição ao nadador. Ele, no entanto, contesta as diferentes análises dos casos.
- Quero deixar bem claro que não torci para o Cielo ser punido, só queria a igualdade. Aceitei a punição porque me disseram que a WADA (Agência Mundial Antidoping) não admitiria mais penas menores de um ano, não admitiria comutação de pena. E eu acreditei. As pessoas falam: “Ah é correto, é um atleta olímpico, é medalhista”. Que é isso? Não posso aguentar calado. Só eu sei o que estou passando. Minha vida mudou. O que eu tinha, não tenho mais. Nunca fiz nada de errado para passar por isso. Quem julga que saiba que isso não mexe só na parte profissional. Qual a substância dele? Qual a substância minha? Onde está a diferença? - pergunta.
Renê cometeu a infração ao utilizar o medicamento “Lasix”, que serve para tratamento do controle de pressão. Ele chegou a apelar ao STJD, mas teve a pena de um ano mantida.

Acessado em 31/07 de 2011 as 22:20


  Atividade de reflexão I
 

Após realizar a leitura do texto publicado no globo esporte considere os contextos dos atletas citados e reflita sobre a política esportiva anti doping no Brasil e no mundo, ressaltando o caso Cielo e o caso Rêne comparando-os.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Assunto para estudo do 9º ano V1, V2, V3 e V4


Doping

Também chamado de “dopagem” é a administração ilícita de uma droga estimulante ou estupefaciente com vistas a suprimir temporariamente a fadiga, aumentar ou diminuir a velocidade, melhorar ou piorar a atuação de um animal ou esportista.
A comissão médica do comitê olímpico internacional instituiu durante os jogos olímpicos do México (1968) a aplicação de testes anti-dopagem sistemáticos, decidindo que seriam excluídos dos jogos os atletas comprovadamente dopados.
Imagine esta cena: um halterofilista se prepara para tentar um levantamento de 160 kg. Ele caminha para o recipiente com magnésio, passa um pouco nas mãos e pega a barra. Levanta-a com dificuldade até ao pescoço, arfa de esforço enquanto prepara o segundo passo do levantamento, mas depois de iniciar o movimento para levantar a barra por cima da cabeça, o músculo que rodeia a omoplata direita cede violentamente, desprotegendo a coluna do atleta.
A carreira desse halterofilista foi interrompida nesse instante. O impacto de 160 kg o atirou irremediavelmente em uma cama de hospital, tetraplégico. A conclusão do inquérito imediatamente instaurado não deixou espaço para dúvidas: as constantes ingestões de anabolizantes "esticaram" o músculo de tal maneira que, numa situação de esforço, este rompeu-se brutalmente.
Moral da história: os anabolizantes, que anos antes haviam adquirido virtudes de poção mágica, provaram a sua falibilidade.
Esse acontecimento não foi inventado por ninguém. É a história verídica de um atleta finlandês que estava disputando um campeonato mundial e viu sua carreira de vitórias e conquistas ser destruída em poucos segundos. Tudo porque ele, em vez de melhorar seu desempenho através de treinamento, utilizou um meio ilegal.
Infelizmente, nas academias a coisa não está muito diferente. Muitos garotos estão tentando ficar mais fortes usando substâncias químicas que aumentam seu desempenho de uma maneira antinatural.

A primeira substancia criada pelo homem para melhorar sua capacidade de rendimento foi a anfetamina, desenvolvida na Alemanha no ano de 1938, marco a partir do qual inicia uma incessante busca pela superação dos limites estabelecidos pelo próprio homem, que no esporte recebem a denominação de recordes. Depois da anfetamina muitas outras substancias desenvolvidas são usadas de forma ilícita para ampliar a potencialidade dos esportistas. O caso dos atletas brasileiros trouxe essa questão para a discussão novamente, mas no decurso da história foram muitos os atletas que fizeram uso dessas drogas para melhorar seu rendimento e agilidade nas competições.

O doping no esporte se configura pela utilização de drogas consideradas ilícitas  segundo a classificação da Agencia Mundial Antidoping e pelo COI – Comitê Olimpido Internacional. Estes dois órgãos mantém uma listagem atualizada dos medicamentos e substancias consideradas proibidas para o consumo de atletas, e portanto ilegais. Essas substâncias são divididas em cinco classes principais que são os anabolizantes, os diuréticos, os hormônios, os analgésicos narcóticos e os estimulantes, todos eles atuam no organismo humano fazendo com que o corpo tenha maior rendimento e produzindo mais testosterona, no entanto causam consequências e efeitos colaterais graves para os atletas. O uso de qualquer substancia elencada pelo COI é caracterizado como uma infração dos códigos disciplinares e éticos e portanto está sujeita a sanções aos  atletas, treinadores, médicos e dirigentes que porventura estejam envolvidos.




O Doping no Esporte: questão de ética

As notícias sensacionalistas sobre o doping no esporte de alto rendimento, têm feito com que o fato seja conhecido por todos. Os grandes ídolos flagrados, os casos de mortes precoces bem como os inesperados relatos e publicações de ex-esportistas, fazem com que muitos treinadores, pedagogos e professores de educação física preocupem-se com a abrangência do fato. Já em 1990 a publicação “Desporto, Ética, Sociedade” (BENTO & MARQUES, 1990), relata em vários de seus artigos os diversos problemas e conseqüências do uso de substâncias químicas utilizadas por competidores.

Por outro lado, o artigo intitulado “As dimensões inumanas do esporte de rendimento” (KUNZ, 1994), qualifica como inaceitáveis o uso de substâncias proibidas como também desqualifica o treinamento especializado precoce. A questão ética, prende-se ao fato comprovado que o doping provoca uma vantagem tão grande daqueles que utilizam sobre os que não fazem uso, que dificilmente um talento natural, por melhor que seja, conseguirá destacar-se no alto nível.

Nesta perspectiva, poderíamos discutir a questão das medalhas conquistadas sob suspeita de doping. A Revista Veja publicou em janeiro de 1998 um artigo intitulado “Medalhas sujas”, onde questiona muitos resultados alcançados em olimpíadas e campeonatos mundiais, pela extinta Alemanha Oriental: são 103 casos no atletismo e 86 na natação (masculino e feminino).

A pergunta é: como ficam os recordes obtidos nestas competições? Diga-se de passagem, que alguns destes recordes ainda estão em vigor. E os atletas que competiram estritamente dentro do regulamento, e poderiam ter vencido (ou legalmente venceram) estas provas, como ficam? A questão é absolutamente ÉTICA.

O que preocupa é o fato de que cada vez mais os atletas de diversas modalidades têm se valido de meios ilícitos para auferir vantagens nas diversas competições, e assim atendendo interesses de forma escusa.

Algumas substâncias são controladas nos exames antidoping, contudo cada vez mais surgem estudos que desenvolvem mecanismos para mascarar e dificultar a possibilidade de identificar o uso de substâncias proibidas, que favoreçam durante a competição e que posteriormente pode produzir tremendos prejuízos a saúde dos atletas.

Podemos citar algumas substâncias proibidas e os riscos do doping decorrentes para a saúde. A EPO (eritropoietina) produz crescimento dos órgãos internos, sendo que nas mulheres produz aumento dos pêlos da face e com uso contínuo pode levar a pressão alta; Betabloqueadores (Acebutolol, Alprenolol, nadolol, oxprenolol, propanolol e sotalol) dificuldade de respiração; Esteróides Corticóides (dexametasona e hidrocortisona) produzem diabetes, glaucoma e problemas musculares;  Analgésicos (buprenorfina, heroína, dextromoramida, metadona, morfina, pentazocina e petidina) causam problemas respiratórios, náusea e dependência; Diuréticos (acetazolamida, bumetanida e clortalidona) como riscos a saúde, causam desidratação, falência do  fígado e cãibras; Estimulantes (anfetamina, cafeína, cocaína, efedrina e salbutamol) podem causar queda da pressão, batimento cardíaco irregular e dependência e os Esteróides Anabólicos (nandrolona, testosterona, estanozolol e mesterolona) o seu uso vem  se tornando cada vez mais freqüente pelos jovens em academias de musculação e por atletas em todo o mundo, apesar de todas as recomendações médicas em contrário e do rigor das leis de controle de dopagem.

Essas substâncias são derivadas da testosterona, um hormônio sexual  masculino que é fabricado pelos testículos. No homem, é produzido durante a vida inteira, mas principalmente por volta dos 11 a 13 anos, tendo como funções principais: a descida dos testículos para dentro dos escrotos, o crescimento dos testículos e do pênis, a distribuição dos pêlos, participação no crescimento ósseo, desenvolvimento da musculatura após a puberdade. Daí a definição de esteróides anabólicos (crescimento e desenvolvimento) e androgênicos (caracteres sexuais masculinos).

Os medicamentos sintéticos à base de testosterona aumentam as propriedades anabólicas e reduzem as propriedades androgênicas. Por causa desse efeito anabólico os atletas passaram a usá-lo para aumentar a massa muscular, o que leva a um aumento da força. Os atletas interessados nesse ganho rápido de força muscular aumentam a quantidade de proteínas na alimentação e realizam um super treinamento. Assim, os músculos retêm uma quantidade maior de proteína, hipertrofiam e, portanto, ficam mais fortes. Esse aumento da massa muscular diminui a massa de gordura e o peso do indivíduo aumenta, porque o músculo pesa mais que a gordura.

Entretanto, os atletas no desespero de melhora rápida da massa e da força, e na incessante luta por melhorar seus recordes, acabam por usar doses elevadas, algumas vezes com exagero e sem sentido. Em certos casos, as doses são tão altas que os músculos acabam ficando refratários a qualquer hipertrofia. Os riscos ocasionados são a impotência, problemas no fígado, descontrole hormonal masculino, e na mulher descontrole menstrual.

KUNZ (1994) relata casos da antiga Alemanha Oriental onde se aconselhava doses anuais de até 1000 mg em atletas adultos, porém haviam competidores que chegaram a ultrapassar 3000 mg/ano. Um caso assustador é da atleta arremessadora de peso Haidi Krieger, que com 18 anos chegou a ingerir 2590 mg/ano (p. 17). Devemos considerar que na mulher, o uso é muito perigoso, principalmente antes e durante a puberdade, pois produz parada de crescimento, aspecto masculino, engrossamento da voz, aumento da distribuição dos pêlos e aumento do clitóris.

No homem, os efeitos secundários são: Aumento das lesões traumatológicas dos tendões e dos ligamentos, porque o desenvolvimento dos músculos não é acompanhado do desenvolvimento dessas estruturas; diminuição da estatura; lesões do fígado, como hepatite e câncer; redução do tamanho dos testículos, redução na produção dos espermatozóides e lesões graves da próstata. A reversibilidade de qualquer desses efeitos negativos depende da quantidade usada, do tempo de uso, de características metabólicas individuais e da extensão das lesões. As modalidades que mais têm utilizado desse método são o halterofilismo, lutas, remo, atletismo e ciclismo.

Considerações Finais

Ao finalizar este ensaio, quero expor que o estudo não pretende apontar preceitos definitivos, mas indicar caminhos e reflexões para agir-se eticamente nas práticas esportivas. O tema que abordamos gera muita controvérsia no mundo esportivo; as posições normalmente encontradas são antagônicas.

De um lado, dirigentes esportivos, empresários e industriais do esporte e alguns técnicos, não demonstram qualquer tipo de preocupação com os aspectos éticos e morais abordados anteriormente. Entretanto, existem profissionais, quase sempre com formação acadêmica, que divergem e criticam os mecanismos e os processos utilizados por instituições e pela mídia em relação ao esporte de alto rendimento.

Em razão disso, esperamos ter contribuído e estimulado a outros profissionais a investir em pesquisas e estudos nesta área que no momento necessita maior profundidade, discussões e reflexões.
           
Referências Bibliográficas

ARAÚJO, L. Ética, sociedade contemporânea e desporto. In: BENTO, J.; MARQUES, A. (Orgs.) Desporto, Ética, Sociedade. Porto: Universidade do Porto, 1990.

BENTO, J. Desporto, Ética, Sociedade. Porto: Universidade do Porto, 1990.

BENTO, J. À procura de referenciais para uma Ética do Desporto. In: BENTO, J.; MARQUES, A. (Orgs.) Desporto, Ética, Sociedade. Porto: Universidade do Porto, 1990.

GRANDE, N. Investigação, desporto e ética. In: BENTO, J.; MARQUES, A. (Orgs.) Desporto, Ética, Sociedade. Porto: Universidade do Porto, 1990.

KUNZ, E. Duração da vida atlética de campeões nacionais de atletismo, categoria menores, e conseqüências da especialização precoce desta modalidade: estudo exploratório. Dissertação de Mestrado. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 1983.

KUNZ, E. As dimensões inumanas do esporte de rendimento. Movimento, N° 1. Porto Alegre: Escola de Educação Física – UFRGS, 1994.

MEINBERG, E. Para uma nova ética no esporte. In: BENTO, J.; MARQUES, A. (Orgs.) Desporto, Ética, Sociedade. Porto: Universidade do Porto, 1990.

SANTIN, S. Educação Física: ética, estética e saúde. Porto Alegre: Edições EST, 1995a.

SANTIN, S. A Ética e as Ciências do Esporte. In: NETO, A. F.; GOELLNER, S. V.; BRACHT, V. (Orgs.). As Ciências do Esporte no Brasil. Campinas: Editora Autores Associados, 1995b.

VARGAS NETO, F. X. Deporte y salud. Las actividades físico-deportivas desde una perspectiva de la educación para la salud: síntesis actual. Tesis doctoral. Barcelona: Universidad de Barcelona, 1995.

VARGAS NETO, F. X. Os riscos da especialização esportiva precoce e as alternativas possíveis. Anais do XVIIº Congresso Panamericano e XIIIº Congresso Brasileiro de Medicina do Esporte. Confederação Panamericana de Medicina do Esporte, Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Sociedade Gaúcha de Medicina do Esporte. Gramado. RS, Brasil. 7 a 10 de maio de 1997 a.

VARGAS NETO, F. X. Iniciação e especialização esportiva de crianças”. Ippon Judô, São Paulo, ano 2, n° 11,  junho/julho 1997 b, p. 4-5.

VARGAS NETO, F. X. Iniciação e especialização esportiva de crianças”. Parte 2. Ippon Judô, São Paulo, ano 2, n° 12,  setembro 1997c, p. 4-5.

VARGAS NETO, F. X. Os riscos da especialização esportiva precoce e as alternativas possíveis”. Revista Brasileira de Medicina Esportiva, Vol. 3. Nº 2 – Abr/Jun 1997d, p. 57.

VARGAS NETO, F. X. A criança e o esporte: a urgência de um maior controle sobre a especialização esportiva precoce”. Nosso Jornal, Publicação do IPA – IMEC. Porto Alegre, outubro/1998, ano 3, nº 14, p. 8.

VARGAS NETO, F. X. A iniciação esportiva e os riscos da especialização precoce. Livro de Resumos. A Educação Física no espaço de expressão da língua portuguesa: passagem para o novo milênio. 7º Congresso de Educação Física e Ciências do Esporte dos Países de Língua Portuguesa. Centro de Desportos da UFSC e Centro de Educação Física e Desportos da UDESC. Florianópolis, SC, Brasil, 1999a. p. 422.

VARGAS NETO, F. X. A iniciação nos esportes e os riscos de uma especialização precoce. Revista Perfil, Publicação do Curso de     Mestrado em Ciências do Movimento Humano ESEF/UFRGS. Ano III – Nº 3, 1999b. p. 70-76.

VARGAS NETO, F. X.; VARGAS, L. A.; VOSER, R. C. Especialização precoce infantil: benefícios e malefícios. Coletânea de textos e resumos do XVIII Simpósio Nacional de Educação Física. Políticas Públicas de Educação Física, Esporte e Lazer. Orgs. Veronez, L. F. C.; Mendes, V. R. Escola Superior de Educação Física, Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, RS, Brasil, 1999. p. 94-101.

VARGAS NETO, F. X.; VARGAS, L. A.; VOSER, R. C. Os Benefícios e os Malefícios da Prática Esportiva Infantil. Revista Sprint. Ano XIX – Nº. 111, 2000. p. 40-45.

Autor:  Dr. Rogério da Cunha Voser  - ESEF/UFRGS     

terça-feira, 19 de julho de 2011

Texto audiovisual - filme - BESOURO - 2º etapa


Temos dados sobre o filme e um comentário contextualizado

Besouro - O Filme (Besouro)

Elenco: Aílton Carmo, Anderson Santos de Jesus, Jessica Barbosa, Flavio Rocha, Irandhir Santos, Macalé, Leno Sacramento, Chris Vianna, Sérgio Laurentino, Adriana Alves, Miguel Lunardi.
Direção: João Daniel Tikhomiroff Gênero: Ação Duração: 120 min. Distribuidora: Disney Estreia: 30 de Outubro de 2009
Sinopse: O besouro é um inseto que, por suas características, não deveria voar, mas voa.
E Besouro também é o nome do maior capoeirista de todos os tempos. Um menino que, ao se identificar com o inseto que desafia as leis da Física, desafia ele mesmo as leis cruéis do preconceito e da opressão. Um mito, um super-herói.
O filme Besouro, que conta a sua história, é um épico em que fantasia e registro histórico se misturam no cenário deslumbrante do Recôncavo Baiano dos anos 20.
Inspirado em fatos reais, Besouro será um filme de aventura, paixão, misticismo e coragem sobre este personagem real que se tornou lenda. Queremos que ele seja, para a capoeira, o que filmes chineses contemporâneos como Herói e O Tigre e o Dragão são para as artes marciais orientais: um espetáculo de aventura, onde a paixão, o misticismo e a emoção têm papel central.

Em uma época na qual os negros ainda não tinham conquistado sua liberdade, embora formalmente fossem considerados livres, alguns ex-escravos encontraram um caminho para lutar pelos seus direitos, uma estranha coreografia que mesclava luta e dança, conhecida como Capoeira. É neste cenário que surge um dos heróis mais lendários do Brasil, Besouro.
Fonte:
acessado em: 19/07 de 2011 


Contexto histórico  


Nascido na Bahia, este símbolo do movimento negro logo se tornou um mito quando as pessoas, incapazes de explicar de outra forma suas constantes vitórias contra os policiais e as autoridades constituídas, passaram a atribuir este sucesso ao seu dom de voar. Manoel Henrique Pereira se transformou então no invencível Besouro.
Esse enigmático personagem da história brasileira veio ao mundo em 1897, oito anos depois da libertação legal dos escravos, em Santo Amaro da Purificação, cidade localizada no Recôncavo Baiano. Seus pais, João Grosso e Maria Haifa, eram ex-escravos.
Embora portadores do status de pessoas libertas, os negros não eram exatamente tratados como membros da sociedade. Na verdade eles faziam parte de uma massa informe, desprovida dos direitos mais elementares, como moradia, alimentação e trabalho.
Mergulhados neste contexto marginal, os ex-escravos praticamente perpetuam sua antiga condição, particularmente no campo, sob as garras dos mesmos fazendeiros e senhores de engenho que tanto se beneficiaram na época da escravidão. É este cenário que Manoel encontra ao nascer no interior da Bahia.
Aos vinte anos ele já é chamado de Besouro Mangangá, ou Besouro Cordão de Ouro. Analfabeto, ele já era um capoeirista de renome, a quem ninguém conseguia superar nesta luta. Apesar de ser um bravo guerreiro, ele também se submetia às condições de trabalho impostas pelos fazendeiros de sua terra, labutando arduamente na lavoura de cana. Só que o destemido negro não temia seus opressores, e não era preciso muito para que ele se rebelasse, o que contribuiu para a construção de sua fama.
Pouco se sabe sobre os caminhos que ele percorreu, mas não é difícil imaginar que suas atitudes tenham despertado a ira dos dirigentes daqueles tempos, os quais provavelmente o viam como um perigoso insurgente. As histórias lendárias que circulam sobre este personagem descrevem combates épicos com o corpo policial de então, dos quais Besouro sempre era o vencedor. Alguns diziam que ele tinha o ‘corpo fechado’, pois nem mesmo as balas o atingiam.
Seu apelido, Mangangá, explica miticamente sua incrível capacidade de fugir dos seus adversários – ele se refere a uma espécie de besouro que provoca uma contundente ferroada. Ou seja, o lutador derrotava o inimigo e logo após desaparecia sem deixar vestígios. Diz a lenda que ele simplesmente saía voando.
Sua morte também está envolta em mistério. Afirma-se que, depois de um confronto com servidores de uma fazenda, ele teria levado uma facada; acrescentam os mitos que a faca seria confeccionada com uma madeira ilustre chamada de ticum, única arma com poderes para transpassar uma pessoa que tinha o ‘corpo fechado’, de acordo com o universo religioso afro-brasileiro. Conforme a versão oficial, ele foi morto em uma armadilha organizada pelo filho de um fazendeiro.
Besouro está de volta, mais forte do que nunca, comprovando sua imortalidade como símbolo da cultura negra brasileira. Este mito foi resgatado pelo cineasta João Daniel Tikhomiroff, que por sua vez se inspirou na obra Feijoada no Paraíso, de Marco Carvalho. Ele procura resgatar esta história não como um filme documental, mas sim como uma mistura de ficção e fantasia.
A produção promete e acena com a possibilidade de uma indicação para a categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar. Mas seu maior mérito é tirar das sombras do esquecimento este fantástico personagem histórico, interpretado por Ailton Carmo.

Fonte:
Acessado em 19/07 de 2011

Material de estudo do 8º ano v4 - Cidadania


Trabalhando o "pretexto" escrito para depois o texto audiovisual.

Faremos as leituras de textos e iniciaremos os diálogos sobre o tema:

Preconceito

Negro, pobre, cadeirante, aleijado, nordestino, gaúcho, gay, lésbica, leproso, portador de HIV, careca, gordo, anão, japonês, com peito pequeno, com peito grande, com bunda pequena, com bunda grande, cabelo crespo, cabelo enrolado, orelha grande, narigudo(a), chato(a), mentiroso(a), rico, pobre, analfabeto, com pênis pequeno, etc, etc, etc…
Se você é do tipo que levanta a bandeira contra o preconceito e não consegue encarar a realidade e tratar as pessoas como IGUAIS ou conseguiu ver alguma diferença nos tipos de pessoas que eu citei acima, você não deve ler esse texto. Feche essa página ou leia outra coluna desse blog.
Já deixo claro: Esse texto é meu (@agorajafalei) então se for falar algo, fale diretamente à mim.
Sim, meus amigos. Já começo dando nome aos bois e perguntando à vocês: O que é preconceito?
Tá aí uma pergunta que é difícil de ser respondida, pois cada um enxerga isso de uma forma bem particular, mas no final todos dizem que não são preconceituosos. ERRADO, o preconceito está embutido, PRINCIPALMENTE, nos que se dizem a favor da causa. Como assim @agorajafalei ? Vou explicar desde o começo.
Ultimamente andei reparando que as pessoas, das redes sociais, estão cada vez mais babacas, moralistas e preconceituosas.
Não se pode mais fazer uma piada que já vem alguém querendo tomar partido dizendo que você está sendo preconceituoso, mas peraí! O conceito de um NÃO preconceituoso não é tratar TODOS como iguais? Então por que eu não posso fazer uma piada tratando um cadeirante, por exemplo, como uma pessoa igual?
Quer dizer que se o cara está numa cadeira de rodas ele morreu pra sociedade e não pode ser incluso em algo que o fará dar risada ou o tratará como um SER HUMANO incluso?
Então quer dizer que pra ser um não preconceituoso eu tenho que excluir algum tipo de pessoa da realidade?
Pois é, duvido que alguém tenha argumentos suficientes pra me falar o contrário sem ser preconceituoso e demonstrar que sente DÓ e não compaixão. Ser babaca é muito fácil.
A nossa sociedade é babaca. Como uma democracia pode estabelecer “cotas” para negros em universidades? Quer dizer que se o cara é negro ele não tem capacidade de entrar na faculdade, pois ele é burro? Me falem em qual vestibular a pessoa precisa colocar que é branco, negro, japonês etc.?
Respeito é algo que vem com o dinheiro e status social, infelizmente.
A sociedade é tão estúpida que um gordo não é considerado preconceituoso quando faz piada de coisas de gordo. Um negro fazendo piada de negro, um cadeirante fazendo piada de cadeirante, um japonês fazendo piada de japonês, um pobre fazendo piada de pobre não são considerados preconceituosos e você ainda ri quando isso acontece. Não te culpo por isso, culpo sua ignorância e preconceito que só é posto em prática quando alguém fala de algo que não está incluso. Por exemplo um branco fazendo piada de um negro.
O ser humano é tão imbecíl que não consegue tratar as pessoas como iguais e sente dó de algo que não lhe parece familiar.
Vocês esquecem que todos somos iguais e devemos ser tratados como iguais. Esse é o princípio de uma sociedade.
Se você luta contra o preconceito e quer um mundo mais justo, seja justo e dê risada da sua própria situação.
Não é chamando alguém de “afrodescendente” que eu estou sendo justo. Porra, eufemismo é uma forma de preconceito. Vai tomar no cu quem pensa assim.
Se eu falo “tinha um gay que gostava de dar o cu” já dizem: NOSSA, como é preconceituoso. Ahh, verdade. Eu tinha esquecido que um homem gay tinha vagina.
Quem aqui é o preconceituoso, eu que o incluí ou você que quer que eu o exclua? De moralistas e não preconceituosos, como vocês, o serviço voluntário e o inferno estão cheios.
Se a piada é com o Restart, Preta Gil, Fiuk, Roberto Carlos, Sílvio Santos, Geisy Arruda e artistas de tv etc, tudo bem.
Agora se você não concorda com isso, deixe seu recado aí nos comentários que podemos debater. Só que tenha ARGUMENTOS, pois como eu disse “Ser babaca é fácil” eu mesmo sou um, mas um babaca que acredita que SOMOS iguais. O meu sangue não é diferente do seu e quando eu passo diante da luz, nossa sombra tem a mesma cor.
Fonte:
Acessado em 19/07 de 2011

Estes textos são de alunos da 6º série.


Por que o preconceito?
Preconceito é criticar as pessoas sem ao menos conhecê-las.O preconceito é algo que não deveria existir, algo inútil, que não leva a nada a não ser para a cadeia. Como é bom ter pessoas diferentes em nosso mundo, para contar histórias e nos ensinar um pouco do que aprenderam com suas culturas, religiões, etc. Mas, nem todos pensam assim. E se todos fossem iguais não haveria algo para ensinar ou para aprender. O preconceito só faz as pessoas sofrem e com certeza machuca.Às vezes são palavras e gestos mal educados .Espero que o preconceito diminua, assim poderemos todos ser felizes.Estamos fazendo as nossas parte espero que os outros também fazem a deles. DEUS não tem cor nem raça ou religião. Jogue seu preconceito fora.
NÃO AO RACISMO!
Katiane eTamiris
CAIC Prof. Mariano Costa
Joinville, SC
Preconceito

Preconceito é a idéia que temos sobre alguma pessoa antes de conhecê-la.
Existe muita discriminação no mundo , mas vocês sabem quem sofre a discriminação? Os deficientes físicos e mentais , raciais , sociais e de classe.
Essas pessoas que sofrem o preconceito devem ser o dobro das outras pessoas,
Porque assim elas serão reconhecidas. Aquela pessoa que tem preconceito, carrega consigo, mesma uma consciência pesada, que depois recairá sobre ela. As pessoas devem ser tratadas
com respeito, e não como um objeto qualquer. A diferença de cor não é importante, porque somos todos humanos e filhos de Deus, e Deus não tem cor.
O mundo seria bem melhor sem nenhuma discriminação.Jogue seu preconceito no lixo.
Seja feliz !

Mônica e Mayara
CAIC Prof. Mariano Costa
Joinville, SC 

Fonte:
acessado em 19/07 de 2011