Leve Além...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Link para acessar o livro "O que é ideologia?"


http://dc97.4shared.com/download/qVE10r4C/Marilena_Chaui_-_O_Que__Ideolo.pdf?tsid=20110424-100812-6ed90f12

Resenha do livro2: ''O que é ideologia'', Marilena Chauí

A submissão de um trabalhador ao seu patrão sempre foi aceito como parte dos resquícios da história, mas poucos se perguntaram o porquê desse panorama. Alguns pensam uma coisa, outros em outra. Para Marilena Chauí, essa problemática só poderia ser explicada citando-se uma palavra: Ideologia. E para isso, tornou-se necessário escrever o livro “O que é ideologia?” comentando a respeito do que levou os diferentes tipos de ideologias a se transformarem durante o percurso da história.

O livro é da editora Brasiliense, divide-se em cinco capítulos. O primeiro faz referência ao por que do livro estudar o tema “Ideologia”. Os outros acabam comentando um por um a respeito de dado momento da história e da visão dos seus filósofos em relação ao chamado ideologia. As suas páginas se iniciam com os gregos e terminam no século XX, analisando as transformações que trouxeram conseqüências para o mundo moderno. O livro, entretanto, não rodeia apenas esses extremos, mas faz referencia à época de Augusto Comte, Karl Marx e Émile Durkheim.

A ideologia começa a se mostrar presente com Aristóteles e sua teoria das quatro causas. Para ele, todo e qualquer aspecto da realidade tinha um motivo. As causas, entretanto, segundo a teoria da causalidade, não tinham o mesmo valor, mas eram hierarquizadas. A causa motriz (ou eficiente) que fazia referencia ao fabricar humano, responsável por transformar uma matéria prima em manufatura, era a menos valiosa. Ao contrário desta, a causa final, ou seja, o motivo ou finalidade de alguma coisa era a mais importante. Devido essa teoria, a mente do homem começou a analisar a sua realidade através dela e, assim, iniciou-se a formulação de uma ideologia que acreditava que os escravos da época seriam a causa motriz e os seus senhores, a final.

Depois de Aristóteles, Augusto Comte se encarregou de ampliar a visão de o que era ideologia. Para Comte, a humanidade tende a passar por três fases: a fase fetichista ou teológica em que o homem explica a realidade por meio do mover divino; a fase metafísica em que o homem explica a realidade através de princípios gerais e abstratos; e a fase positiva ou cientifica em que o homem contempla a realidade, a analisa, formula leis gerais e cria uma ciência social que servirá de base para o comportamento individual e coletivo. Cada uma dessas explicações para os fenômenos naturais e humanos compõe uma teoria, ou melhor, uma ideologia.

Logo após Comte, o livro começa a explicar Karl Marx e a sua visão em relação à existência da ideologia nas diferentes sociedades. Marx acredita que a ideologia se utiliza de inúmeros meios para alienar o povo, como por exemplo, através do Estado. Para o povo, este seria a representação do interesse geral, mas, na verdade, ele é a expressão das vontades e interesses da classe dominante da sociedade. Outro exemplo de ideologia seria apresentar a sociedade civil como um indivíduo coletivo, pois através disso ocultaria a realidade da sociedade que é comprimida pela luta de classes.

A ideologia durante toda a historia serviu de instrumento de dominação, mascarando a realidade social e ocultando a verdade dos dominados. A ideologia serve para legitimar a dominação econômica, social e política. O seu papel é criar na mente das pessoas uma idéia de que todo fenômeno que acontece no mundo é algo natural e que não existe uma razão lógica para isso.

O livro chega ser um pouco enfadonho por repetir várias vezes um mesmo tema, mas se mostra cheio de conteúdo ao explicar uma por uma as fases da historia e suas ideologias. “O que é ideologia” ensina o real significado da ideologia ao leitor e apresenta o assunto de maneira organizada e entendível. A distribuição que a autora faz de capítulos torna a leitura uma leitura fácil e objetiva. Marilena Chauí buscou apresentar no livro as diversas formas com que os dominantes se utilizam para exercer seu poder de dominação.

Marilena Chauí é professora de História da Filosofia e de Filosofia Política da Universidade de São Paulo, autora de mais de dez livros. Fez parte da política, sendo secretária Municipal de Cultura de São Paulo no governo de Luiza Erundina (1989-1992). Tem bastante influência sobre o ramo da Filosofia, sendo presidente da Associação de Estudos Filosóficos do Século XVII. Seus livros revelam temas principalmente filosóficos, como ideologia, ética, senso comum, mitos e outros fatores influentes na vida do homem.


(André Hiroshi Katayama, acadêmico do Curso de Comunicação Social da ESPM)

Resenha do livro 1: ''O que é ideologia'', Marilena Chauí


O livro “O que é ideologia” da autora Marilena Chauí, Editora Brasiliense é muito interessante para entender as relaçoes que estão intrincadas a todos nós. O livro é dividido em três partes: Partindo de alguns exemplos, Histórico do Termo, A Concepção Marxista de Ideologia; no qual Marilena Chaui procura dar ênfase mais profunda ao assunto da ideologia, mostrando também a concepção que outros pensadores tinham sobre o tema.
Para os filósofos gregos, movimento era qualquer alteração da realidade, seja ela qual for. Com base nisso, Aristóteles elaborou a teoria das quatro causas. Era uma tentativa para dar explicação ao problema dos movimentos. Então, as diferentes relações entre as quatro causas explicam tudo que existe, o modo como existe e se altera, e o fim ou motivo para o qual existe.
O trabalho era colocado como um elemento casual secundário e inferior, por Aristóteles. A ideologia tem como traço usar as idéias como independentes da realidade teórica e histórica. Ao elaborar sua teoria, o teórico julga estar produzindo idéias verdadeiras. O ideólogo seria então aquele que inverte as relações entre as idéias e o real. No plano da metafísica é conservada a causa final, pois esta se refere à ação dos homens se relacionando entre si e com a natureza.
O processo histórico não é sucessão de fatos no tempo, não é progresso das idéias, mas o modo como homens reais criaram os meios e formas reais para a sua existência social. No entanto, tende a esconder dos homens o modo real de como suas relações sociais foram produzidas. A isso se dá o nome de ideologia. O termo ideologia surgiu pela primeira vez em 1801, designando-se inicialmente de ciência natural da aquisição, daí por diante, um sistema de idéias condenadas a desconhecer sua relação com o real. A ideologia, enquanto teoria passa a ter um papel de comando sobre a prática dos homens, que devem submeter-se aos critérios e mandamentos do teórico antes de agir.
A nova sociedade não é constituída apenas pelos burgueses, mais ainda por outro homem, o trabalhador livre. Trabalhador livre em um sentido duplo. É graças a essa contradição que a autora dedica mais da metade do livro para abordar o que Karl Marx entendia por ideologia. A produção das idéias e as condições sociais e históricas não são separadas por Marx. Ele demonstra, também, que a contradição não é a das idéias, mas sim, contradição entre homens reais em condições históricas e social real chamada luta de classe (na qual acontece há muito tempo no mundo inteiro, causando uma grande disputa entre as pessoas). É através das classes sociais que a sociedade civil nega o indivíduo isolado e o indivíduo como membro da família. O trabalho não pago (mais-valia) é a origem do capital. Há uma contradição na medida em que a realidade do capital é a negação do trabalho.
Uma das grandes idéias da ideologia é a da sociedade civil concebida como um indivíduo coletivo, visando ocultar a realidade da sociedade civil que é a luta de classes; a luta de classes é o quotidiano da sociedade civil. O processo no qual as atividades humanas começam a se realizar como se fossem autônomas ou independentes dos homens é chamada de alienação. As idéias aparecem como entidades autônomas descobertas por homens determinados, e não como produtos do pensamento de tais homens.
Um instrumento de poder da ideologia é a dominação e as formas de luta de classes. A ideologia é um dos meios usados pelos dominantes para exercer a dominação, fazendo com que esta não seja percebida como tal pelos dominados, é uma transformação das idéias da classe dominante em idéias dominantes para a sociedade como um todo. Essa resulta da prática social, nasce da atividade social dos homens no momento em que estes representam para si mesmos essa atividade. Portanto, a ideologia é um instrumento de junção de classe.
Por conseguinte, o livro ‘O que é ideologia’ que explica claramente o que é ideologia. Fácil de ler e bem direto. Marilena Chauí detalha cada parte, desde o surgimento da palavra ideologia, assim, até quem domina o assunto, consegue entender o que ela quer passar.

domingo, 24 de abril de 2011

Para acessar o livro Amor Líquido

filosofia - Introdução de discussões


Para início de conversa, deixo este texto direcionado para os estudantes do 2º ano da disciplina de filosofia (e todos interessados), como base para a leitura do livro “Amor liquido”, para que o estudante tenha uma maior facilidade de entendimento de posteriores discussões feitas em sala de aula.

A fragilidade dos laços humanos
A OBRA:
BAUMAN, Zygmunt.
Amor líquido – sobre a fragilidade dos laços humanos.
Rio de Janeiro: ZAHAR, 2004
    
     Em “Assim falou Zaratrusta”, Nietzsche profetiza que somente um tipo de homem é capaz de livrar-se das garras dos tempos modernos. Consolidifica, então, o conceito central da filosofia nietzscheniana: o conceito de super-homem. Porém, para que o homem alcance tal façanha, de acordo com Nietzsche, é necessário tornar-se uma espécie de ermitão, viver anos e anos nas montanhas para, desse modo, buscar a reflexão: repensar, refletir e redirecionar sua conduta sócio-cultural-econômica e até espiritual, quem sabe.
     Para elaborar uma equação desse problema, com a pretensão de ter uma resposta para isso, o homem não necessariamente precisa tornar-se um ser introspectivo no seu mais alto grau e viver isolado boa parte da vida, para se reencontrar. Pelo contrário. O próprio ambiente midiático deve, com todas as suas armas de aprisionamento, servir como suporte ao super-homem de Nietzsche. O homem, contudo, ainda permanece refém desse meio e, por conseguinte, acostumou-se a resolver problemas com base em clicks e com base na velocidade do provedor. E é justamente sobre esse ponto que o sociólogo polonês Zygmunt Bauman discute em seu livro Amor Líquido, publicado no Brasil pela Zahar, em 2004.
     Os tempos modernos e, agora, os tempos pós modernos (para alguns) causaram um estado de fusão na sociedade humana, de acordo com o estudo de Bauman (2004). Para ele, houve uma transformação do estado sólido para o líquido. Evidencia-se, então, o conceito de “líquido mundo moderno” – algo similar à frase antológica de Marx: “tudo o que é sólido desmancha no ar”.
Amor Líquido é uma reflexão crítica do cotidiano do homem moderno, que ressalta “a fragilidade dos laços humanos”. Dividido em quatro capítulos (Apaixonar-se e desapaixonar-se; Dentro e fora da caixa de ferramentas da sociedade; Sobre a dificuldade de amar o próximo; Convívio destruído), Bauman (2004, p. 8) considera o “cidadão de nossa líquida sociedade moderna” como Der Mann ohne Verwandtschaften – o homem sem vínculos – e objetiva, no livro, “traçar um painel de esboços imperfeitos e fragmentários, em lugar de tentar produzir uma imagem completa”. Remete-me, esse foco central do
estudo, ao aforisma 489 (DECLARAÇÃO UNIVERSAL DDS DIREITDS DD HOMEM) do Humano, demasiado humano,
Indo profundamente demais:
Pessoas que compreendemalgo emtoda a sua
profundeza raramente lhe permanecem fiéis
para sempre. Elas justamente levaram luz à
profundeza: então hámuita coisa ruimpara ver
(NIETZSCHE, 2000, p. 266).
     Nos dois primeiros capítulos, Bauman (2004) esmiúça a fragilidade que o “líquido mundo moderno”, de certa forma, impôs ao relacionamento humano. Em Apaixonar-se e desapaixonar-se, o autor atrela amor à cultura consumista. Hoje, amar é como um passeio no shopping Center, visto que “tal como outros bens de consumo, ela [vida] deve ser consumida instantaneamente (não requer maiores treinamentos nem uma preparação prolongada) e usada uma só vez, “sem preconceito”.
     A cultura consumista do amor, então, serve de cenário para o segundo capítulo Dentro e fora da caixa de ferramentas da sociedade. O sentimento do imediatismo oferece consequências à “líquida, consumista e individualizada sociedade moderna”. O resultado de intensificação da velocidade globalizante é pontificada por Bauman (2004) na sentença: “a solidariedade
humana é a primeira baixa causada pelo triunfo do mercado consumidor”.
      Ora, a imposição ardilosa, configurada dentro da aldeia global, transformou o relacionamento entre humanos como o mais (im)perfeito produto oferecido pelo mercado, haja vista os avanços na área genética. Doravante, será concretizada a configuração, não somente interna como externa, da prole humana. Pais poderão montar seus filhos de acordo com a conta
bancária de cada um. Mesmo que essa realidade esteja imbuída em um contexto diminuto, é assustador imaginar os limites da ganância humana. Deus não está somente morto. Os homens querem seu trono.
     Quem seria, portanto, o responsável? De acordo com Bauman (2004), é o próprio homem mediante a (des)configuração do líquido mundo moderno competitivo. Hoje, mais do que nunca, o homem necessita de produtos pré e/ou fabricados. Até mesmo o tempo livre e as férias são programadas por meio de tais produtos impostos pelo mercado. Destarte, é justamente dessa lógica que o sociólogo polonês trata na metade final de Amor Líquido.
     Em Sobre a dificuldade de amar o próximo, o autor perscruta a atmosfera do relacionamento humano pelo conceito bíblico de amar ao próximo como a si mesmo. Segundo Bauman (2004), “o amor próprio é construído a partir do amor que nos é oferecido por outros”. Evidencia-se a construção de amar a si mesmo somente quando há o mesmo sentimento – no caso, amor – manifestado por outros que “devem nos amar primeiro para que comecemos a amar a nós mesmos”, finaliza.          
      Finalmente, no quarto e último capítulo de Amor líquido, o autor reflete sobre a vertiginosa indústria do medo que criou um novo espectro: o da xenofobia (medo irracional, aversão ou a profunda antipatia em relação aos estrangeiros). Os imigrantes são acusados como sendo os principais causadores da epidemia financeira do líquido mundo moderno, hoje. São eles, segundo a indústria do medo, que dão à sociedade os graves males dos Estados-nação. Somente os imigrantes são os criminosos. E é dentro dessa tangente xenofóbica que a mídia encontra sua menina dos olhos de ouro. Ou seja, a pauta, dentro dessas redações, são e continuarão sendo as mesmas. Roubos, assassinatos e, principalmente, atentados terroristas são reflexos da invasão imigratória de indivíduos oriundos de países periféricos e/ou miseráveis. Exemplos, não faltam no noticiário internacional.
     Qual é, então, o papel dos meios de comunicação de massa nesse ambiente líquido moderno? Ora, a atmosfera midiática protagoniza justamente a socialização do homem dentro da líquida razão moderna. Hoje, os seres humanos buscam contatos com seus pares mediante um mundo virtual em que podem, segundo a imposição do próprio sistema de irmandade do final do século XX e início do terceiro milênio, substituir “fracassos”, “frustrações” e até “conquistas” com a agilidade e velocidade da Internet. Bauman (2004) utiliza como reflexo da metamorfose da relação humana o testemunho de um universitário polonês que afirma categoricamente que dentro do líquido mundo moderno tudo se resolve na base do delete – um simples toque no mouse e tal como um passe de mágica, os problemas desaparecem. Basta limpar a lixeira e pronto.
     Intensifica-se, de maneira avassaladora, a substituição de contatos físicos. Tudo acontece hoje somente àqueles que estão conectados. O resultado não pode ser pior e está traduzido no subtítulo do estudo de Bauman (2004): “a fragilidade dos laços humanos”. A
partir do momento em que os verdadeiros cidadãos perceberem o tamanho do labirinto onde se encontram e se mobilizarem para solucionar o problema é que se dará o primeiro passo rumo à socialização humana. Senão, mesmo coma capacidade do homem em se adaptar aos imbróglios, a sociedade continuará correndo atrás do próprio prejuízo. Tudo isso nos remete ao pensamento de Antonio Gramsci (ano): “sou um pessimista pela inteligência, mas um otimista por desejo”.

Jorge Marcos Henriques Fernandes
Mestrando em Comunicação e Cultura Midiática junto à Universidade Paulista.
Rua José Bonani, 226
Bel recanto - Taubaté-SP
CEP 12031-260
Email: jmhfernandes@uol.com.br
Rev. ciênc. Hum., Taubaté, v. 11, n. 2, p. 173-174, jul./dez. 2005. 174

sábado, 23 de abril de 2011

Jota quest em Irecê



No dia 20 de abril, foi realizado um dos shows mais esperados dos últimos tempos em Irecê.
Podemos dizer que a cidade estava carente de manifestações deste tipo, pois estava há vários anos sem conhecer outros ritmos, a não ser o pagode, o forro, o axé, o arrocha e o tecno dance. Não podemos generalizar dizendo que esse é o tipo de musica que “todos” devem ouvir, que não existe outra igual, mas o prestígio  desse tipo de banda já demonstra uma pequena mudança de mentalidade.
Só para registrar a banda CATEDRAL fará um show no dia 11/06 na cidade, que após show de Jota Quest espera por DJAVAN, ainda sem data definida, anúnciado no dia do show de Jota Quest.
Esperamos que as pessoas, ao terem contato com essa cultura, escutem música também para REFLETIR, pois além de entreter, muitas músicas nos proporcionam uma viajem dentro de si e no mundo

Mais informações

http://irecerock.blogspot.com/