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domingo, 24 de novembro de 2013

Filósofos e Educação - Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino


Colégio Estadual Luiz Viana Filho – Disciplina: Filosofia

Santo Agostinho e São Tomás de Aquino

Santo Agostinho e São Tomás de Aquino Santo Agostinho foram dois reconhecidos filósofos cristãos. Agostinho, viveu entre os séculos IV e V. Estudou na África e inicialmente foi um intelectual que tinha orientação religiosa pagã, aderiu ao maniqueísmo e posteriormente sob grande influência de sua mãe e de diversos autores que lera converteu-se ao catolicismo sendo considerado como pertencente à patrística.
A patrística, em síntese, é o esforço para se criar uma filosofia cristã a qual atribui às práticas tradicionais católicas um arcabouço teórico para que se apresentem como “um conjunto de ideias produzidas e sistematizadas pela razão em um todo lógico” (PESSANHA, 1980 p.XII). Porém as primeiras tentativas de se consolidar tal filosofia cristã que tentava conciliar a fé e a revelação divina com a razão e o raciocínio lógico não obtiveram grande êxito. Somente até Santo Agostinho, que conseguiu elaborar uma verdadeira síntese sistematicamente organizada da filosofia cristã baseada num conhecimento de natureza neoplatônica que adequava o pensamento de Platão as concepções Católicas.
São Tomás de Aquino, segundo Maria da Glória de Rosa, é considerado um dos mais famosos filósofos da escolástica, viveu no século XIII e precocemente recebeu o título de Mestre em Teologia devido à sua genialidade.
A escolástica é marcada pelas ideias de Santo Agostinho, além de também procurar uma conciliação entre a fé e a razão, o catolicismo e a filosofia e ser bastante influenciada pelo pensamento neoplatônico. Entretanto, aprofunda mais no método dialético e sob São Tomás de Aquino ela receberá fortes influências aristotélicas a fim de buscar respostas às novas questões que eram impostas a fé e a razão em meados do século XIII e que o pensamento agostiniano não conseguia abarcar.
Os dois filósofos convergiram e divergiram em variados aspectos de seus pensamentos. Ambos se preocuparam em pensar sobre as essências das “coisas” (Deus, a natureza, o ser humano, a verdade, o conhecimento, etc.) essas ideias metafísicas procuravam justificar através da razão a conduta e a moral da tradição cristã. Porém Agostinho acreditava existir, como Platão, um mundo das ideias que era a perfeição, a verdade e um mundo real que era a representação imprecisa deste mundo ideal apreendida pelos sentidos sob diferentes formas. Santo Agostinho defendeu a ideia do mestre interior em que todo o conhecimento é alcançado dentro do próprio ser e somente através da iluminação divina pode-se chegar à verdade:
A teoria agostiniana estabelece, assim, que todo o conhecimento verdadeiro é o resultado de um processo de iluminação divina, que possibilita ao homem contemplar as ideias, arquétipos externos de toda a realidade. (PESSANHA, 1980 p.XVI).
Para Agostinho a filosofia era a busca da felicidade e essa, para ele, era uma ”indagação da condição humana em busca da beatitude” (PESSANHA, 1980 p.XIII). Porém Agostinho não encontrou na filosofia helênica esta beatitude e sim nas Sagradas Escrituras de Paulo de Tarso, é daí que surge o seu esforço de unir a razão à fé. A primazia entre fé e razão, uma sobre a outra não fica clara em Agostinho e existem diversos debates sobre o assunto, porém convém deixar claro que seu objetivo era o de conciliar os dois:
A razão relaciona-se, portanto, duplamente com a fé: precede-a e é sua consequência. É necessário compreender para crer e crer para compreender. (PESSANHA, 1980 p.XIV).
Tomás de Aquino, não acreditava em um mundo das ideias e sob influência do naturalismo aristotélico defenderá a existência de um mundo real, material. Esse mundo seria a criação divina – esta é uma das questões que surge ao seu tempo, a criação. Ele aponta a apreensão do divino através da verdade da razão que não pode ser negada pela verdade revelada da fé, ambas precisam ser idênticas, do contrário a fé ou a razão não foram adequadamente empreendidas. A teologia e a filosofia não se opõem. Fé e razão estão unidas em um único sentido: a perfeição, ou seja, o conhecimento de Deus. Para Tomás de Aquino a verdade e o conhecimento também são alcançados através de um mestre interior, porém, não há a intervenção de uma luz divina para que se dê o conhecimento, ele já existe como potencialidade no interior do ser e cabe a este descobri-lo através do aprendizado, do estudo, da educação religiosa, da pedagogia.
Portanto concluímos que ambos, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino procuraram conformar razão e fé, filosofia e religião. Também defendiam que a busca do conhecimento dado através de ambas citadas acima tinha um sentido comum: a verdade divina, o conhecimento da perfeição, ou seja, o entendimento de Deus. Seus pensamentos se distanciaram quanto ao processo que se dá esse conhecimento apesar de concordarem em sua origem no ser interior. Tomas de Aquino sob influência aristotélica defendia ideias mais “materialistas” enquanto Santo Agostinho sob influência neoplatônica manteve seus pensamentos mais ligados ao mundo das ideias.

Para entender melhor:
Link para Filósofos e Educação: Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino



domingo, 17 de novembro de 2013

Link para a resolução da atividade 01: semana da consciência negra



http://www.apostilasvirtual.com.br/apostilas_demo/3_AV_NIRG_2012_DEMO-P&B-PM-BA%28Soldado%29.pdf


Acessando esse link você encontrará um material que ajuda a responder a atividade 01 da semana da consciência negra.

Semana da consciência negra: atividade 01


COLÉGIO ESTADUAL LUIZ VIANA FILHO
Estudantes:____________________________________________________________________________________________________________________________________________ Data: _____/______/________
Série/ Turma: 2° ano__________ Disciplina: Filosofia – Prof: Adson Moreira de Souza

Atividades complementares da Semana da Consciência Negra VALOR: 2,0

QUESTÃO 01
Por meio da Lei n.º 10.639/2003, que alterou a LDB,

A ) ampliou-se o número de vagas para as populações negras nas escolas públicas.
B) regulamentou-se a criação de uma disciplina específica relacionada à cultura afro-brasileira para a educação básica.
C) tornou-se obrigatória a realização de concursos para docentes da educação básica na área da história afro-brasileira.
D) tornou-se obrigatória a inclusão da temática história e cultura afro-brasileira no currículo oficial do ensino fundamental e médio.

QUESTÃO 02
(SECBA/2011) De acordo com o Estatuto da Igualdade Racial, “toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica” é considerada

A) desigualdade racial.
B) preconceito de gênero.
C) discriminação racial.
D) desigualdade de gênero e raça.

QUESTÃO 03
(SECBA/2011) Previstas no Estatuto da Igualdade Racial, a produção, a comercialização, a aquisição e o uso de artigos e materiais religiosos adequados aos costumes e às práticas fundadas na respectiva religiosidade visam garantir

A) o direito à assistência religiosa aos praticantes de religiões de matrizes africanas.
B) o direito à liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício dos cultos religiosos de matriz africana.
C) o direito à inclusão dos praticantes de religiões de matrizes africanas nas políticas públicas de desenvolvimento econômico e social.
D) o direito dos praticantes de religiões de matrizes africanas à educação de qualidade e ao ensino religioso.

QUESTÃO 04

De acordo com o Art. 3º § 3º da Resolução nº 1 de 17 de junho de 2004, o ensino sistemático de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica, nos termos da Lei 10639/2003, refere-se, em especial, aos componentes curriculares de __________, __________ e __________. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima:

A. Educação Artística, Literatura e História do Brasil
B. Ensino Religioso, Filosofia e Literatura
C. História do Brasil, Sociologia e Educação Artística
D. Filosofia, Sociologia e Ensino Religioso

QUESTÃO 05
(...) a Lei nº 10.639/03 sintetiza uma discussão de âmbito nacional e direciona as unidades educacionais para a proposição de atividades relevantes em relação aos conhecimentos das diversas populações africanas, suas origens e contribuições para o nosso cotidiano e história, num movimento de construção e redimensionamento curricular e ação educativa, salientando a importância do contexto e sua diversidade cultural (...)
Este trecho do Documento de ORIENTAÇÕES CURRICULARES - EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM PARA EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, aponta para a realização de projetos e atividades que:

(A) Sejam inibidoras de ações afirmativas, visto que o sistema de cota é prejudicial para uma discussão mais profunda sobre os valores culturais do povo brasileiro e em especial dos afro-descendentes.
(B) Possibilitem a articulação entre as diversas áreas do conhecimento promovendo um ensino ao mesmo tempo temático e interdisciplinar e por outro afirmativo da não existência de discriminação num país miscigenado como o Brasil.
(C) Articulem as áreas do conhecimento em ações voltadas ao trabalho com o temática étnico-racial buscando desconstruir o imaginário negativo com relação à África e a tudo que se refere ao povo africano e seus descendentes.
(D) Reforcem os diversos estereótipos construídos em relação à população negra Afro-brasileira e africana e todos os seus descendentes.
(E) Proponham profundas reflexões sobre a diversidade cultural e social brasileira e produzam trabalhos articulados exclusivamente pelas disciplinas de História,Educação Artística e Literatura.

QUESTÃO 06
O Estatuto da Igualdade Racial (Lei no 12.288/2010), destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica, considera

a) Desigualdade racial: toda situação justificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica.
b) Discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada.
c) População negra: o conjunto de pessoas que se autodeclaram não brancas, conforme o quesito cor ou raça usado pelos órgãos oficiais de estatística.
d) Ações afirmativas: os programas incentivados pelo Estado e pela iniciativa privada para a conscientização das desigualdades raciais e para a promoção dos direitos humanos.
e) Desigualdade de gênero e raça: simetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social entre mulheres negras e os demais segmentos sociais.

QUESTÃO 07
A Lei 12.288/10, que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial, estabeleceu, no seu artigo quarto, a participação da população negra, em condição de igualdade de oportunidade, na vida econômica, social, política e cultural do País.

Analise os itens I, II, III, IV e V abaixo.

I. estímulo à pesquisa histórica que determine a correta identificação e localização das comunidades de remanescentes de quilombos, para fins de reforma agrária
II. adoção de medidas, programas e políticas de ação afirmativa.
III. promoção de ajustes normativos para aperfeiçoar o combate à discriminação étnica e às desigualdades étnicas em todas as suas manifestações individuais, institucionais e estruturais.
IV. produção de filmes, novelas televisivas e peças teatrais com necessária participação de ao menos 10% (dez por cento) de atores, figurantes e técnicos negros.
V. inclusão, no rol de feriados nacionais, do Dia da Consciência Negra.
Escolha a alternativa que contempla dois itens que tratam dos meios que, na forma do indicado artigo de lei,garantem a participação da população negra, em condição de igualdade de oportunidade, na vida econômica, social, política e cultural do País.

A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) III e V.
E) IV e V.

QUESTÃO 08
(QE-AV/2012) Conforme disposto na Constituição Estadual da Bahia, será considerado, no calendário oficial, como Dia da Consciência Negra

a) o Dia 20 de agosto.
b) o Dia 20 de setembro.
c) o Dia 20 de outubro.
d) o Dia 20 de novembro.
e) o Dia 20 de dezembro.

QUESTÃO 09
(QE-AV/2012) Para efeito do Estatuto da Igualdade Racial, considera-se

a) desigualdade racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada.

b) discriminação racial ou étnico-racial: toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica.
c) desigualdade de gênero e raça: assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social entre mulheres negras e os demais segmentos sociais; população negra: o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou que adotam autodefinição análoga.

d) ações afirmativas: as ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado no cumprimento de suas atribuições institucionais.
e) políticas públicas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção
da igualdade de oportunidades.
QUESTÃO 10
(QE-AV/2012) Conforme Estatuto da Igualdade Racial, a participação da população negra, em condição de igualdade de oportunidade, na vida econômica, social, política e cultural do País será promovida, prioritariamente, por meio de

a) modificação das estruturas institucionais do Estado para o adequado enfrentamento e a superação das desigualdades étnicas decorrentes do preconceito e da discriminação étnica; inclusão nas políticas públicas de desenvolvimento econômico, político e social.

b) eliminação dos obstáculos históricos, socioculturais e institucionais que impedem a representação da diversidade étnica nas esferas pública e privada; adoção de medidas, programas e políticas de ação educativa.

c) promoção de ajustes normativos para aperfeiçoar o combate à discriminação étnica e às desigualdades étnicas em todas as suas manifestações individuais e coletivas, institucionais e estruturais.

d) estímulo, apoio e fortalecimento de iniciativas oriundas da sociedade civil direcionadas à promoção da igualdade de oportunidades e ao combate às desigualdades étnicas, inclusive mediante a implementação de incentivos e critérios de condicionamento e prioridade no acesso aos recursos públicos e privados;

e) implementação de programas de ação afirmativa destinados ao enfrentamento das desigualdades étnicas no tocante à educação, cultura, esporte e lazer, saúde, segurança, trabalho, moradia, meios de comunicação de massa, financiamentos públicos, acesso à terra, à Justiça, e outros.

domingo, 20 de outubro de 2013

Filosofia 2° ano - unidade III - texto 01


Política – CAP. 32

As teorias políticas – p.326 e 327

Pólis – Cidade-estado ( geralmente cercada por fortaleza – é uma convenção ) / A Grécia rompe com os moldes homéricos e destitui o poder patriarcal ( eram os genos - comunidades compostas por pessoas com antepassado comum e chefiadas por um pater [chefe patriarca de cada comunidade] )

A política nasce com a Grécia e Roma, no pensamento dos Sofistas, Platão e Aristóteles. Estes apresentam os primeiros passos para a compreensão do nosso modelo político. Entre os anos 1513 e 1514 é constituída a obra que revoluciona o pensamento contemporâneo: O príncipe, de Maquiavel.

1. A posição dos sofistas

- Para os sofistas a finalidade da política é preservar a justiça e a Pólis e as leis são convenções.
- A única forma de obter a justiça é o debate político que visa o consenso. Esse consenso é obtido na forma de votação dos cidadãos reunidos em assembleia.
- A exposição dos argumentos levaria ao interesse da maioria.

2. A posição de Platão

- Os seres humanos são dotados de 03 princípios de ação: a do desejo, a do coração e a do cérebro.
- A Pólis também é composta dessa relação tripartite: A classe econômica ( dos proletários de terra, artesãos, comerciantes... ) - responsáveis pela sobrevivência material da cidade, a classe militar dos guerreiros – responsáveis por defender a cidade e a classe dos magistrados – responsáveis por governar a cidade.
- Responde que o homem somente é justo quando é virtuoso. A virtude aparece quando há domínio racional sobre o desejo e a cólera.
- A justiça política acontece quando as classes convivem praticando seus papéis e pela educação de todos ( sem exceção ) e as cidades não podem ser entregues nem aos proletário que pensarão somente em interesses próprios e nem aos militares, pois tentarão, através da guerra satisfazer seus desejos particulares de honra e glória. Elas devem ser governadas por filósofos, pois só eles poderiam governar com justiça.

  1. A posição de Aristóteles

- Aristóteles vai além de Platão e determina questões mais profundas em relação ao Platão:
- Diz Aristóteles, que para determinar o que é justiça, devemos distinguir primeiro, dos tipos de bens: os partilháveis e os participativos.
- Os bens partilháveis são quantidade que pode ser dividida e distribuída. Os bens participativos são aqueles que são qualidades indivisíveis, que não pode ser repartida, mas participada, ex: o poder político.
- Aristóteles argumenta que a sociedade somente será justa se os dois tipos de bens resultarem na igualdade dos cidadãos. E afirma também que os bens participativos são também de fundamental importância, pois é a partir dele que o planejamento da divisão e distribuição de bens acontecerá.
- Também afirma que temos um modelo de sociedade que é injusto e todos não devem ser tratados igualmente pois todos são diferentes, dessa forma deve ser defendido o direito de propriedade e de ascensão social, pelos meios legais.

2° ano filosofia - unidade III - texto 02



domingo, 28 de julho de 2013

O mito da Caverna em desenho Post 03





Como a adaptação e sátira da Alegoria da Caverna feita por Maurício de Souza é inteligente e magistral, merece ser vista. Para melhor visualizá-la o leitor poderá acessar este link: http://www.monica.com.br/comics/piteco/pag1.htm






                                                                      

                                                                          

                                                                           
                                                                            
            
                                                                            

O MITO DA CAVERNA EXPLICADO


             O mito ou “Alegoria” da caverna é uma das passagens mais clássicas da história da Filosofia, sendo parte constituinte do livro VI de “A República” onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.
          A narrativa expressa dramaticamente a imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados no interior de uma caverna de modo que olhem somente para uma parede iluminada por uma fogueira. Essa, ilumina um palco onde estátuas dos seres como homem, planta, animais etc. são manipuladas, como que representando o cotidiano desses seres. No entanto, as sombras das estátuas são projetadas na parede, sendo a única imagem que aqueles prisioneiros conseguem enxergar. Com o correr do tempo, os homens dão nomes a essas sombras (tal como nós damos às coisas) e também à regularidade de aparições destas. Os prisioneiros fazem, inclusive, torneios para se gabarem, se vangloriarem a quem acertar as corretas denominações e regularidades.
             Imaginemos agora que um destes prisioneiros é forçado a sair das amarras e vasculhar o interior da caverna. Ele veria que o que permitia a visão era a fogueira e que na verdade, os seres reais eram as estátuas e não as sombras. Perceberia que passou a vida inteira julgando apenas sombras e ilusões, desconhecendo a verdade, isto é, estando afastado da verdadeira realidade. Mas imaginemos ainda que esse mesmo prisioneiro fosse arrastado para fora da caverna. Ao sair, a luz do sol ofuscaria sua visão imediatamente e só depois de muito habituar-se com a nova realidade, poderia voltar a enxergar as maravilhas dos seres fora da caverna. Não demoraria a perceber que aqueles seres tinham mais qualidades do que as sombras e as estátuas, sendo, portanto, mais reais. Significa dizer que ele poderia contemplar a verdadeira realidade, os seres como são em si mesmos. Não teria dificuldades em perceber que o Sol é a fonte da luz que o faz ver o real, bem como é desta fonte que provém toda existência (os ciclos de nascimento, do tempo, o calor que aquece etc.).
             Maravilhado com esse novo mundo e com o conhecimento que então passara a ter da realidade, esse ex-prisioneiro lembrar-se-ia de seus antigos amigos no interior da caverna e da vida que lá levavam. Imediatamente, sentiria pena deles, da escuridão em que estavam envoltos e desceria à caverna para lhes contar o novo mundo que descobriu. No entanto, como os ainda prisioneiros não conseguem vislumbrar senão a realidade que presenciam, vão debochar do seu colega liberto, dizendo-lhe que está louco e que se não parasse com suas maluquices acabariam por matá-lo.
               Este modo de contar as coisas tem o seu significado: os prisioneiros somos nós que, segundo nossas tradições diferentes, hábitos diferentes, culturas diferentes, estamos acostumados com as noções sem que delas reflitamos para fazer juízos corretos, mas apenas acreditamos e usamos como nos foi transmitido. A caverna é o mundo ao nosso redor, físico, sensível em que as imagens prevalecem sobre os conceitos, formando em nós opiniões por vezes errôneas e equivocadas, (pré-conceitos, pré-juízos). Quando começamos a descobrir a verdade, temos dificuldade para entender e apanhar o real (ofuscamento da visão ao sair da caverna) e para isso, precisamos nos esforçar, estudar, aprender, querer saber. O mundo fora da caverna representa o mundo real, que para Platão é o mundo inteligível por possuir Formas ou Ideias que guardam consigo uma identidade indestrutível e imóvel, garantindo o conhecimento dos seres sensíveis. O inteligível é o reino das matemáticas que são o modo como apreendemos o mundo e construímos o saber humano. A descida é a vontade ou a obrigação moral que o homem esclarecido tem de ajudar os seus semelhantes a saírem do mundo da ignorância e do mal para construírem um mundo (Estado) mais justo, com sabedoria. O Sol representa a Ideia suprema de Bem, ente supremo que governa o inteligível, permite ao homem conhecer e de onde deriva toda a realidade (o cristianismo o confundiu com Deus).
               Portanto, a alegoria da caverna é um modo de contar imageticamente o que conceitualmente os homens teriam dificuldade para entenderem, já que, pela própria narrativa, o sábio nem sempre se faz ouvir pela maioria ignorante.


Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

IMPORTANTE:

Os juízos e posicionamentos acima somente servem para tentar auxiliar o estudante no entendimento da temática.

Modelo de Avaliação trabalhado com o filme Matrix, a filosofia Socrática e o mito da Caverna

Questão 01 – Valor: 0,5
Qual a relação entre Sócrates e Neo?
  1. ( ) Neo sempre desconfiou que a realidade não era exatamente tal como se apresentava, sempre teve duvidas sobre a realidade percebida e, secretamente questionava o que era a “Matrix”. Sócrates acreditava nos governos e que as verdades disseminadas por eles eram confiáveis.
  2. ( ) A relação entre Sócrates e Neo está somente no texto célebre de Platão que está no livro “A república” e chama-se “O mito da caverna”, que descreve uma caverna ( o mundo das aparências em que vivemos) onde homens veem sombras nas paredes ( as sombras são as coisas que percebemos ) e estão presos ( esses são nossos preconceitos e opiniões, nossa crença de que o que estamos percebendo é a realidade ) e quando o prisioneiro se liberta e sai ( esse é o filósofo ) vê a luz do sol ( que é a luz da verdade ) e o mundo iluminado pelo sol ( o mundo real – a verdade ) e o instrumento que usa para se libertar : a filosofia.
  3. ( ) Como os confrontos de Neo, Sócrates também travava combates mentais ou de pensamento. E enfureceu de tal maneira os poderosos de Atenas que Sócrates foi condenado à morte, acusado de espalhar dúvidas sobre as ideias e os valores atenienses e, com isso, corromper a juventude.
  4. ( ) A relação entre Neo e Sócrates se justifica quando observamos que os dois estavam num processo de libertação da “Matrix”, que é um computador gigantesco que escravizava os homens, usando a mente deles para controlar seus sentimentos e pensamentos, fazendo-os crer que é real o que é aparente. Vencer a “Matrix” é destruir a aparência, restaurar a realidade e assegurar que os seres humanos possam perceber e compreender o mundo verdadeiro e viver realmente nele.

Questão 02 – Valor: 0,5

Sócrates não revelava todas as respostas para as pessoas e por isso ele buscava o conhecimento das coisas. A consciência da própria ignorância é o começo da filosofia. O que procurava Sócrates? Procurava a definição daquilo que uma coisa, uma ideia, um valor é verdadeiramente. Aquilo que uma coisa, uma ideia, um valor, é realmente em si mesmo chama-se:

  1. ( ) Essência, que é determinada pelo trabalho do pensamento e isso que o pensamento conhece da essência chama-se conceito.
  2. ( ) Consciência, que é a faculdade humana que funciona como juízo do certo ( o Bem ) e do errado ( o Mal ) e por meio da qual o ser humano percebe daquilo que se passa dentro dele ou de seu exterior.
  3. ( ) Liberdade, capacidade individual de autodeterminação, caracterizada por compatibilizar ( que é compatível ) autonomia e livre arbítrio com os múltiplos condicionamentos naturais, psicológicos, sociais que impõe predisposições ao agir humano.
  4. ( ) Verdade, que pode ser associadas às crenças que temos. È subjetiva, pois cada um pode acreditar em uma verdade que pode ser uma característica própria e definidora do ser.

Questão 03 – Valor: 0,5

Discordando dos antigos poetas, dos antigos filósofos e dos sofistas, o que pretendia Sócrates? Propunha que antes de querer conhecer a natureza e antes de querer persuadir os outros, cada um deveria primeiro e antes de tudo, conhecer a si mesmo. Ele fazia do autoconhecimento a condição de todos os outros conhecimentos verdadeiros, por isso é que se diz que o período socrático é ANTROPOLÓGICO, e isto significa:

  1. ( ) Estar voltado para o conhecimento MÍTICO.
  2. ( ) Estar voltado para o conhecimento do HOMEM.
  3. ( ) Estar voltado para o conhecimento da MATRIX dos homens.
  4. ( ) Estar voltado para a LIBERDADE do homem.

Questão 04 – Valor: 0,5

A filosofia socrática era desenvolvida mediante diálogos críticos com seus interlocutores, divididos em dois momentos básicos: a ironia ( questionar o interlocutor fingindo ignorar ) e a maiêutica ( a arte do parto, a arte de transformar conceitos, ideias ). O método consistia em:

  1. ( ) Por meio do embate político, fazer um interlocutor discorrer sobre assuntos políticos que ele acreditasse dominar, para dirigi-lo a contradição e demonstrar sua real ignorância sobre o assunto referido.
  2. ( ) Por meio da religião, fazendo o interlocutor entender os dogmas da igreja.
  3. ( ) Por meio do diálogo, fazer um interlocutor discorrer sobre determinado assunto que ele acreditasse dominar para dirigi-lo a contradição e demonstrar sua real ignorância sobre o assunto referido.
  4. ( ) Fazer a sociedade acreditar que era totalmente alienada e entrar em confronto com a elite de seu tempo.
  5. ( ) Debates políticos.

Questão 05 – Valor: 0,5

Os métodos para reflexão que Sócrates utilizava causava a ira da elite Ateniense. Ele foi considerado culpado de cometer atos que foram considerados crimes pela sociedade Ateniense e por fim condenado a tomar à cicuta, que o levaria a morte.





Dentre os motivos que resultaram na morte de Sócrates destacam-se:

  1. ( ) O conhecimento de si, o dialogo político e a alienação da sociedade Ateniense.
  2. ( ) A maiêutica que consistia em um diálogo que visava à alienação da sociedade Ateniense.
  3. ( ) Ensinamentos do conhecimento de si, dos valores Atenienses e da discordância dos valores da sociedade que estava inserido. Por isso a sociedade Ateniense revelou-se contra ele acusando-o de blasfemar contra os deuses e alienar os jovens.
  4. ( ) A busca pela essência das coisas, conhecimento verdadeiro e a busca de tornar a filosofia em um dogma para que a sociedade aceitasse.

Questão 06 – Valor: 0,5

A ideia de que a realidade é radicalmente diferente do que pensamos tem uma longa tradição no pensamento humano. Na República, Platão ilustra-a com a chamada "Alegoria da Caverna" ( ou mito da caverna ): os seres humanos são como escravos que vivem numa caverna, tomando vagas sombras projetadas nas suas paredes como se fossem realidades últimas - mas de fato são apenas sombras do que é verdadeiramente real, sombras provocadas pela intensidade do fogo e do Sol, do qual os escravos, por nunca terem saído da caverna, não têm conhecimento. A verdadeira realidade, a "realidade última," difere radicalmente do que superficialmente parece ser.

Trecho do filme Matrix:

Neo: O que é Matrix?
Morfeu: Você quer saber o que é Matrix? A Matrix está em toda parte [...] é o mundo que acredita ser real para que não perceba a verdade.
Neo: Que verdade?
Morfeu: Que você é um escravo, Neo. Como todo mundo, você nasceu cerceado num cativeiro. Nasceu em uma prisão que não pode ver, cheirar ou tocar. Uma prisão / ilusão para a sua mente.

Após realizar a leitura dos textos e dos conhecimentos obtidos ao longo da unidade, estabeleça relações entre o filme Matrix e o Mito da Caverna de Platão. Explique sua resposta.
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Questão 07 – Valor: 0,5

Em 1999, o cinema americano produziu Matrix (The Matrix, EUA, 1999), um filme que trata de variados temas, tais como: IA (Inteligência Artificial), artes marciais, cibercultura, agentes secretos e teorias conspirativas, romance, Alice no país das maravilhas de Lewis Carroll, messianismo (crença na vinda do Salvador: Jesus, Messias, Buda, Rei Arthur), mitologia grega e céltica, Admirável mundo novo de Aldous Huxley, efeitos especiais revolucionários, nova estética super-heroística (óculos escuros, roupas pretas de couro e sobretudos substituem, respectivamente, máscaras, uniformes colantes coloridos e capas), ficção científica, animes e assim por diante.




A pergunta que nos impulsiona é: O que é Matrix?

  1. ( ) A matrix é uma realidade virtual que é entendida como uma simulação neuro-interativa. Essa simulação aprisiona as mentes das pessoas transformando-as em baterias para o fornecimento de energia as maquinas. Isso nos mostra que as pessoas dependem tanto do sistema que dariam a vida para continuar nele, a Matrix somente é a vontade das pessoas.
  2. ( ) A Matrix é um programa de dominação em massa criado pelos homens para esquecer suas realidades miseráveis.
  3. ( ) A Matrix apresentada no filme é real, se diferencia somente por ser caracterizada pela miséria, pelo sofrimento, pelo caos, que se diferencia da realidade.
  4. ( ) A matrix é uma realidade virtual. Essa simulação neuro interativa aprisiona as mentes das pessoas transformando-as em baterias para o fornecimento de energia as maquinas. A Matrix é uma realidade metafórica e Neo segue uma jornada do conhecimento de si.
  5. ( ) A Matrix é a verdade e por isso Cypher tenta trair Neo e os outros.

Questão 08 – Valor: 0,5

Relembre da cena em que Neo e Morfeu andam contra o fluxo de pessoas e passam por uma mulher de vermelho:
O que simboliza o caminhar de Neo contra o fluxo de pessoas?

  1. ( ) A cena tem o papel de simbolizar a alienação das pessoas que estão na matrix.
  2. ( ) A cena tem o papel de simbolizar a atitude filosófica que vai do senso comum ( aparência ) ao conhecimento real ( essência ) e que, na verdade, é uma atitude contra o fluxo de pensamento da sociedade, ou seja, é “nada contra a maré”, como Sócrates fez no seu tempo.
  3. ( ) A cena tem o papel de mostrar que todos os dias passamos por varias pessoas, mas não as percebemos, pois estamos concentrados em nosso mundinho pequeno.
  4. ( ) A cena tem o papel de simbolizar metaforicamente a frase “conhece-te a te mesmo”, proferida por Sócrates.
  5. ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.

Questão 09 – Valor: 0,5

Sobre a traição de Cypher no filme, responda:

A personagem diz que a “ignorância é benção” e posteriormente que estava “cansado de guerra, cansado de lutar, cansado deste barco”. Reflita sobre isso, releia a questão anterior e responda: PORQUE “REMAR CONTRA A MARÉ”, OU SEJA, MANTER-SE NO MUNDO REAL, É TÃO DIFÍCIL?
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Questão 10 – Valor: 0,5
A promessa final de Neo é realmente possível? Podemos ter um mundo sem regras, controles e sem limites? Justifique sua resposta.
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segunda-feira, 22 de julho de 2013

terça-feira, 16 de julho de 2013

Simuladão de Filosofia - 2° ano m1, m2, m3, v1, v2.


Colégio Estadual Luiz Viana Filho
Disciplina: Filosofia
Prof.: Adson Moreira de Souza
Simuladão de filosofia
QUESTÃO 01
Com relação à autonomia e à liberdade, assinale a opção correta.

A - Para Kant, a liberdade é a dependência do querer e a sua capacidade de determinar-se pela pura razão, isto é, em desobediência à lei moral.
B - Para Sartre, porque a essência precede a existência, o homem é totalmente livre, e não está condicionado e condenado a liberdade.
C - Tendo em vista a liberdade de pensamento e de ação, um indivíduo pode pensar mal do outro sem razão suficiente, mas não pode suspeitar.
D - Para Hegel, a liberdade é a autodeterminação da subjetividade, que implica uma vontade livre não apenas em si (no sentido geral), mas para si (no sentido individual).
E- O princípio da necessidade surge quando o homem percebe sua condição. Essa consiste em afirmar que não há pré-determinação.

QUESTÃO 02
A filosofia é entendida como uma ciência universal que procura a razão mais fundamental, ou seja, as causas primeiras de todas as coisas. Com relação ao conhecimento e às ciências, em confronto com a filosofia, é correto afirmar que:
A - o mito, tanto na Grécia antiga como atualmente, encerra o sentido da filosofia, que é dar uma explicação para tudo, mesmo que, para isso, tenha que construir ideias fantasiosas e irracionais.
B - a filosofia serve-se também do senso comum para intuir explicações sobre a realidade, mas com ele não se confunde.
C - a filosofia é a ciência que fundamenta as opiniões dos indivíduos, não importando se elas são ilógicas ou inconsequentes.
D - tanto a filosofia como a teologia são conhecimentos causais, racionais, teóricos, universais e teleológicos.
E – a filosofia serve-se da ciência para tornar-se legítima.

QUESTÃO 03
De acordo com a Alegoria da Caverna, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso depende de um processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das aparências, rompe com as cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a ideia da forma do Bem, representada pela metáfora do Sol. Para Platão, conhecer o Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de modo justo. (Marcondes, Danilo. Textos básicos de ética - de Platão a Foucault. Rio de Janeiro, Zahar, 2007, p. 31)
A importância histórica do método de conhecimento estabelecido na obra de Platão justifica-se
(A) pela defesa de uma rigorosa separação entre a esfera da política e a esfera da filosofia.
(B) por definir proposições instrumentais para o agir político, antecipando as estratégias maquiavélicas.
(C) por identificar as coisas empíricas como sendo em si mesmas dotadas de sua própria verdade.
(D) pela definição de uma esfera suprassensível que contém as formas perfeitas, necessárias e universais das coisas.
(E) por entender os preconceitos e condicionamentos do mundo sensível como esfera virtuosa e justa.

QUESTÃO 04
Podemos rejeitar a existência de uma capacidade original, por assim dizer natural de distinguir o bom do mau. O que é mau frequentemente não é de modo algum o que é prejudicial ou perigoso ao ego; pelo contrário, pode ser algo desejável pelo ego e prazeroso para ele. De uma vez que os próprios sentimentos de uma pessoa não a conduziriam ao longo desse caminho, ela deve ter um motivo para submeter-se a essa influência estranha. Esse motivo é facilmente descoberto no desamparo e na dependência dela em relação a outras pessoas, e pode ser bem mais designado como medo da perda de amor. (Marcondes, Danilo. Textos básicos de ética - de Platão a Foucault. Rio de Janeiro, Zahar, 2007, p. 128)
Considerando a explicação psicanalítica para a questão moral analisada no texto, as concepções de bom e de mau

(A) são categorias metafísicas e por isso transcendentes em relação ao homem.
(B) estão relacionadas à vida emocional na relação com outras pessoas.
(C) derivam do exame racional da realidade por parte da consciência.
(D) dependem do grau de rigor na aplicação de punições dadas pela justiça.
(E) contém conteúdo inato, estabelecido previamente por leis naturais.
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QUESTÃO 05

Sobre o conceito de liberdade em Sartre, pode-se afirmar que sua tese central é a de que ela deve ser absoluta. Assinale a alternativa que se coaduna com esta tese.

a. ( ) Os valores permitem definir a liberdade para os homens e suas sociedades.
b. ( ) Não existe angústia no homem ao se defrontar com a liberdade.
c. ( ) O simples fato da liberdade impõe uma forma materialista de determinismo, em que se abandona a ideia de consciência.
d. ( ) Os atos livres do ser humano possuem uma essência psicológica determinada.
e. ( ) É preciso excluir a possibilidade da existência de Deus, pois sua onipotência não permite a liberdade humana.
QUESTÃO 06

Em seu tratamento da liberdade, Sartre afirma que esta é um projeto e não um dado da realidade, sendo necessária uma preocupação com o que o autor chama de má fé.
Considerando-se a ideia de má fé e de suas consequências para a liberdade, é incorreto afirmar:
a. ( ) Agir em má fé consiste em viver com seriedade.
b. ( ) Agir em má fé representa virar as costas à escolha de si mesmo.
c. ( ) Agir em má fé representa uma afirmação do sujeito.
d. ( ) Agir em má fé significa uma fuga à responsabilidade da decisão livre.
e. ( ) Agir em má fé representa a ação contingencial do destino.

QUESTÃO 07

Considerando a questão da Liberdade é CORRETO afirmar que:

a) A questão da Liberdade deve ser analisada somente de forma individual.
b) É livre aquele que racionalmente se conforma com às Leis.
c) A liberdade é uma ilusão.
d) A liberdade do ato de escolha realizado pela vontade individual é mais importante que a sociedade.
e) Conforme a ética cristã, a liberdade está centrada na obediência e nos impulsos da paixão humana.

QUESTÃO 08

A primeira grande filosofia da liberdade é exposta por Aristóteles em sua obra Ética a Nicômaco, a qual, com variantes, permanece através dos séculos, chegando até o século XX, quando foi retomada por Jean-Paul Sartre. Assinale o que for correto.

01) Para Aristóteles, a liberdade é um ato de autodeterminação com o qual o homem dá a si mesmo os motivos e os fins de sua ação, sem ser constrangido ou forçado por ninguém.
02) Sartre, na sua obra o Existencialismo é um Humanismo, discute a questão da liberdade como sendo uma questão de ética, pois implica a responsabilidade para com os outros.
04) Fundamentado na sua concepção de liberdade, Aristóteles defende a democracia para todos os homens, preconizando, inclusive, o fim da escravidão.
08) Na Ética a Nicômaco, Aristóteles define o ato voluntário como princípio de si mesmo. Portanto, para esse filósofo, tanto a virtude quanto o vício dependem da vontade do indivíduo.
16) O existencialismo cristão de Jean-Paul Sartre acredita que o livre-arbítrio é inerente à essência do homem e, como a essência precede a existência, o homem é um ser capaz de autodefinição.
SOMA: ________
QUESTÃO 09

Sartre, em sua conferência "O existencialismo é um humanismo", estabelece com traço característico da concepção existencialista, a aceitação do princípio de que a existência precede a essência.
Para o existencialismo, dizer que a existência precede a essência significa que

(A) o ser do homem determina o seu modo de existir, as suas escolhas e as suas ações.
(B) o homem primeiramente existe, descobre-se, surge no mundo e só depois define o que ele é.
(C) a existência humana é obra de Deus, pois somente ele é capaz de conferir existência a tudo o que há no mundo.
(D) a natureza humana é determinada pelas condições espirituais do momento histórico em que o homem vive.
E – O homem está determinado pelo por forças superiores ou determinado pelo meio em que vive.

QUESTÃO 10

O problema da liberdade humana é, tradicionalmente, um tema importante da Filosofia. A ideia ou o conceito de liberdade foi colocado por diferentes perspectivas teóricas. É correto afirmar que:
A) a liberdade, para os gregos antigos, só podia ser exercida na esfera privada ou doméstica, já que, na polis (esfera pública), os cidadãos estavam submetidos às leis da coletividade.
B) o livre-arbítrio não é facultado ao homem, que se tornou refém da maldade instalada no mundo pelo Pecado Original, segundo São Tomás de Aquino.
C) o homem está submetido a apetites e desejos ligados ao conatus (princípio natural de auto conservação), não podendo jamais ser livre, de acordo com Baruch Espinosa.
D) o homem é livre na medida em que age por escolha ou vontade individual, mesmo em desacordo com sua própria natureza racional.
E) a liberdade, para Hegel, coincide com a cultura, que permite ao homem dominar a natureza, dobrando-a à sua vontade.

QUESTÃO 11

Assinale com um “X” a resposta correta sobre o que é a liberdade.

a) ( ) liberdade é poder fazer o mal quando se quiser.
b) ( ) liberdade são os caminhos que outro ser decide para a nossa vida.
c) ( ) liberdade é um estado em que o homem não tem mais limites, podendo fazer o que quiser e sem precisar considerar a liberdade dos outros.
d) ( ) liberdade é escolher o tipo de pessoa que você é e será.
e) ( ) liberdade é um cálculo sobre as causas que levaram as pessoas a fazer o mal.

QUESTÃO 12

Assinale as atitudes que podem aumentar a nossa liberdade:

01 ( ) Estudar e estimular a nossa imaginação.
02 ( ) Criar um plano onde a moral possa ficar de fora.
04 ( ) Refletir sobre nossa vida.
08 ( ) Diminuir a liberdade dos outros.
16 ( ) Pensar em um projeto para nossa vida.