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domingo, 17 de junho de 2012

APLB: POR QUE O GOVERNO TENTA ENGANAR A OPINIÃO PÚBLICA?


POR QUE O GOVERNO TENTA ENGANAR A OPINIÃO PÚBLICA? LEIA TAMBÉM O ARTIGO DA FETRAB
13 de junho de 2012 106
Leia a repercussão das ações desonestas do governo ante a justiça da greve dos professores.
Em seguida a esse texto, leia o artigo publicado pela Fetrab, que mostra a decepçao com o governo havia criado tanta expectativa para os movimentos sindicais e populares.

POR QUE O GOVERNO ESTADUAL DA BAHIA MENTE TANTO? POR QUE TENTA O TEMPO TODO ENGANAR A OPINIÃO PÚBLICA E A MÍDIA DESINTERESSADA EM FAZER JORNALISMO VERDADEIRO?
Ações de Jaques Wagner (PT) contra os professores da Bahia repercutem em todo o país
Docentes estão há de mais sessenta dias em greve, o que afeta diretamente mais de 1 milhão de alunos que usam a rede pública. O governador Jaques Wagner/PT, ao invés de negociar e cumprir acordo feito com a categoria em novembro último, apela desavergonhadamente para a mentira, truculência e manda descontar salários dos professores. Suas ações repercutem negativamente em todo o país
Os professores da Rede Estadual da Bahia estão em greve há mais de sessenta dias. Enfrentam a intransigência de Jaques Wagner e reivindicam, como pauta maior, o cumprimento integral da Lei 11.738/2008, segundo a qual os docentes da Educação Básica Pública de todas as redes do país deveriam ter recebido, desde janeiro último, reajuste linear de, no mínimo, 22,23%. Essa mesma Lei diz que caso prefeitos e/ou governadores não possam aplicar tal percentual de correção, a União complementa com recursos financeiros. Para isso, basta que estados e municípios abram suas receitas/despesas e demonstrem que precisam de ajuda.
Apenas em relação ao Fundeb, veja abaixo alguns recursos específicos da Educação gerenciados pelo atual governo baiano até maio deste ano, quase 1 bilhão de reais. Mesmo alegando que não pode atender os professores, Wagner não pediu “socorro” à União, o que deveria fazer se a montanha de dinheiro vindo de Brasília não fosse suficiente para as demandas da educação. Se não pediu é porque tem de sobra, agora o que faz com a verba aí é uma caixa preta.
RECURSOS FUNDEB – BAHIA 2012
VALOR (R$)
janeiro
270.858.588,09
fevereiro
159.081.362,68
março
177.115.545,81
abril
337.066.274,20
maio
256.434.474,70
TOTAL
929.968.515,08
As mentiras, manipulações e truculências do governador
Desde o início da greve, o governador Jaques Wagner em nenhum momento deu qualquer sinal de que pretendia negociar de forma séria com os professores ou, muito menos, apontar uma saída positiva para tantos dias sem aulas. Pelo contrário. Iniciou pela mídia uma campanha para tentar desqualificar o movimento e confundir a opinião pública. Diz desconhecer o acordo assinado que sua equipe fez com a APLB em novembro último, onde o governo se comprometia a aplicar o percentual de correção do piso que o MEC estipulasse, os 22,23%. Além disso, dá propositalmente uma série de interpretações estapafúrdias à Lei 11.738/2008, ao afirmar, por exemplo, que “ela ampara apenas os professores que não têm curso superior”. Wagner apelou ainda à justiça para que decretasse a greve ilegal e, criminosamente, mandou descontar salários dos grevistas, atropelando inclusive uma recente decisão do STF, que proíbe tal tipo de medida.
É importante não esquecer que a Lei do Piso Nacional do Magistério era para estar sendo posta em prática desde 2009, ano seguinte à sua aprovação. Além disso, o percentual de 22,23% refere-se ao custo-aluno 2012 repassado aos estados e municípios desde janeiro último, e é relativo ao modo de correção anual do Piso, tudo de acordo com a citada Lei 11.738/2008. Portanto, são totalmente absurdas e improcedentes as alegações de Jaques Wagner para não atender às reivindicações dos professores e prejudicar os alunos.
A greve continua
Apesar da intransigência e ameaças do governador, os docentes baianos estão firmes na paralisação. Categoria rejeita as propostas ridículas feitas pelo governo para aniquilar a Lei do Piso Nacional e permanece em greve
UMA CURIOSIDADE, E QUE CURIOSIDADE!
Mais de dois meses de greve e a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa não fez nenhuma audiência. Nenhuma!
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 ARTIGO DA FETRAB:
Governo frustra servidores, que lamentam rumos da relação
Era justa a expectativa dos baianos com a eleição do governador Jaques Wagner, que representou, antes de tudo, um mar de esperança com relação ao fortalecimento da democracia, amparando-se numa nova estratégia de desenvolvimento para o Estado, com o enfoque na melhoria da condição de vida do povo e em detrimento à tradicional preferência pelo contentamento das elites. No campo dos serviços públicos, esperava-se a composição de uma nova máquina administrativa, que atendesse melhor o cidadão, privilegiando a estrutura, as condições de trabalho e a valorização de seus profissionais.
No entanto, as prioridades do Governo, desde o início, foram estrategicamente pautadas numa relação de afinidade umbilical com o Governo Federal e por ações midiáticas de grande publicidade, sobretudo, ancoradas no Programa de Aceleração do Crescimento e suas grandes obras. Entretanto, as ações das autoridades baianas com relação às áreas sociais, de atendimento básico à população, Saúde, Educação e Segurança foram tratadas de maneira descuidada, relembrando a atitude de governos passados.
No ponto de vista do funcionalismo, ainda em 2006, as entidades de representação se dispuseram a colaborar com o clima de mudança, primeiramente, apresentando ao vice-governador eleito, à época, Edmundo Santos, as deficiências da máquina administrativa, oferecendo sugestões eficazes para a redução de gastos, com base no acúmulo de experiência dos servidores, o que foi, estranhamente, ignorado.
Instaurou-se o Sistema Estadual de Negociação Permanente, o SENP, que consistia num fórum de discussão da política de recursos humanos do governo e possuía uma Mesa Central de negociação, para tratar de questões gerais, comuns a todos os servidores, e mesas setoriais, que abordavam os itens específicos de cada categoria. O SENP andou bem, até que em 2008, unilateralmente, teve sua Mesa Central desativada, pela administração Wagner, deixando diversas discussões e acordos em aberto.
Após o esvaziamento do SENP, os trabalhadores, por entenderem a sua importância, passaram a solicitar sua reativação, colocando-o como item prioritário na pauta de reivindicações. Sem o Sistema, as dificuldades de comunicação produziram desgastes desnecessários que culminaram em situações de mobilizações, paralisações, greves, além de gerar muita insatisfação com relação à atual administração. Os sindicalistas se sentiram relegados, pois tinham em Jaques Wagner um companheiro de primeira hora e sabiam que havia a responsabilidade com os rumos da gestão, que cobrou fidelidade com veemência, mas não cumpriu os acordos que fez com as categorias.
Neste momento, as entidades de representação do funcionalismo entendem que o atual governo não respeita os trabalhadores públicos e os trata como inimigos, não reconhecendo acordos, criminalizando as greves, chegando ao extremo de corte de salários e bloqueio de do CrediCesta e de outras consignações, utilizando o poder da mídia, paga com verbas oficiais para mentir e fazer jogo de intriga entre a população e os servidores do Estado.
Como exemplos dos equívocos políticos, na área da Segurança Pública, pode-se citar o Programa Pacto pela Vida, ação que poderia se consumar como de suma importância para a sociedade, mas que o governo produziu sem levar em consideração a opinião dos trabalhadores, que são os agentes executores de todas as medidas planejadas, como os policiais, agentes de saúde, professores, assistentes sociais, dentre outros. Dessa forma, contabiliza-se para o governo a elevação traumática dos índices de violência perpetrada contra a população. A greve dos policiais militares refletiu essa situação, por se tratar de reivindicações ignoradas, acordos descumpridos, que diziam respeito, principalmente, às condições de salário e de trabalho.
Na Saúde, a relação de desrespeito geral instaurada contra o funcionalismo foi responsável por paralisações e greves. Na Educação, o descumprimento de um acordo orquestrado em novembro de 2011, concebeu a crise que culminou na greve, iniciada em 11 de abril. Em outras áreas, o clima de animosidade produziu mobilizações. Novas greves devem acontecer. Wagner demonstra uma repulsa contra os trabalhadores públicos e uma atitude de arrogância vista nos momentos mais auspiciosos do carlismo. Ao funcionalismo resta compreender que o governo corre por caminhos inóspitos, impondo a composição da unidade para o enfrentamento dessa política de arrocho, desacordos, mentiras e repressão.

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