O esporte é uma atividade que merece ser observada com a maior atenção. Trata-se, a primeira vista, de algo simples, compreensível e agradável, tanto na pratica quanto na apreciação. No entanto, à medida que nos aprofundamos em seus pormenores, descobrimos nele os reflexos do próprio homem; o esporte é história, pois acompanha a humanidade desde as suas origens, e é cultura, ou seja, deriva das tradições, das artes e dos meios de comunicação.
Efetivamente o esporte nasceu com o homem, de sua natural necessidade de movimentar-se e, por fim, de sua atração pelo jogo. Este assume tal importância na vida humana que alguns estudiosos o acreditam antecipar-se a cultura. A competição nada mais é do que a versão agressiva do jogo. O oposto é a sublimação da luta, o seu lado positivo e realizador. Estes dois aspectos sempre estiveram presentes na evolução do esporte, prevalecendo ora um ora outro.
A vida do homem primitivo já era um “jogo” pela vida: atacava e defendia, vencia grandes distancias e obstáculos, corria trepava em árvores, saltava, arremessava objetos, nadava ou mergulhava. Nos momentos de “descontração”, junto aos seus semelhantes, a compensação podia ser obtida por outros jogos como, por exemplo, os rituais religiosos que simulavam a movimentação de sobrevivência ou as danças. As atividades guerreiras produziram jogos de “adestramento”, perceptíveis ainda hoje nas versões modernas de alguns esportes.
De qualquer modo, ao longo da evolução dos jogos e, posteriormente, no desenvolvimento das modalidades esportivas identificamos similares condições de pratica que nivelam o homem moderno ao primitivo. Daí ser corrente a denominação de HOMO LUDENS (o homem jogador) ao lado de HOMO SAPIENS (o homem inteligente) e de HOMO FABER (o homem artíficie).
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